Você sabe como um wireframe pode ajudar você na construção de um projeto, inclusive em sites? Veja agora tudo sobre wireframes e como utilizá-los!
O desenvolvimento de um wireframe é uma etapa fundamental em projetos de UX Design. Essa é uma das técnicas mais ágeis para ter uma primeira impressão do seu projeto. Isso ocorre porque a ideia pode ser testada, alterada e aprimorada.
Assim, sites e/ou aplicativos, por exemplo, podem ter desde o seu layout até a sua navegação aprovados, com baixo custo. Entenda o que é um wirefame e como pôr em prática no seu projeto!
O que são wireframes?
Afinal, o que é wireframe?
Um wireframe pode ser definido como uma representação visual de um novo projeto, que simula a versão idealizada. Pode ser de alta ou baixa fidelidade, ou seja, mais fidedigno e próximo da versão final (ou não).
É uma das partes de toda a comunicação de UX, que ajuda a tangibilizar o layout da página de um website, as telas de um app, o fluxo de um e-commerce – antes mesmo de serem criados e colocados no ar.
A diagramação apresenta elementos que compõem o projeto, de forma simples e organizada, para que possa ser validada.
Pode ser implementado em diferentes fases de um processo criativo ou de ideação. No Design Thinking entra na etapa de prototipação que é quando, normalmente, se utilizam desenhos ou esquemas e são aplicadas outras técnicas para exemplificar a solução.
O que adicionar no seu wireframe?
No seu wireframe não pode faltar:
- Divisão do layout e arquitetura da página;
- Posição de botões e de elementos em destaque (como vídeos ou banners maiores);
- Marcações de blocos de conteúdos;
- Esboço do fluxo navegacional.
Eventualmente, se você fizer um wireframe online, pode trabalhar ainda com cores e outros recursos como efeitos, mídias audiovisuais, dentre outros.
Quais são as principais finalidades dos wireframes?
Wireframe o que é, e para que serve?
Por se tratar de uma diagramação, basicamente a finalidade do wireframe é ajudar a testar diferentes pontos do projeto. Com isso, você economiza muito dinheiro e tempo de desenvolvimento ou programação.
Já imaginou criar algo que ninguém quer ou precisa? Ou então, muito diferente do que foi demandado pelo seu cliente?
Para evitar esses problemas, você pode desenhar. Literalmente!
Cada validação, que deve ser feita com os possíveis usuários, pode ter também um ou mais objetivos. Com um wireframe você pode:
- Validar funcionalidades: muito antes de sair por aí criando novos recursos, o ideal é compreender se essas funcionalidades são necessárias e se resolvem problemas reais dos usuários;
- Receber feedbacks: nada melhor do que entender o que as pessoas pensam sobre seu projeto e como avaliam a experiência de cada interação. Muitas vezes, existe uma grande lacuna entre o que é projetado e o que é comercializado. Alinhar expectativas neste sentido é uma prioridade;
- Ajustes de bugs: mesmo depois de testados, os projetos finais podem ter erros e apresentar falhas, sendo necessário testes constantemente.
Assim, redesenhar blocos, fluxos ou repensar features deixa de ser complicado e passa a ser mais eficiente. Aplicar as melhores práticas do UX Design também.
Diferenças entre wireframes, mockups e protótipos
Esses conceitos popularizados no mercado ainda causam muita confusão. Mas não se preocupe, que nosso time já se prontificou a esclarecer.
Pensando na hierarquia de desenvolvimento de um novo produto ou serviço, hoje em dia, primeiro se começa pelo wireframe, que evolui para um mockup e na fase final para um protótipo.
Ambos exploram muito a questão visual, mas são vão sendo mais trabalhados conforme o próprio projeto e as funcionalidades evoluem. No caso dos protótipos podem até ser considerados como “versões beta”, colocadas à prova por um público maior.
Os 4 tipos de wireframes mais comuns
Existem inúmeras maneiras de criar um wireframe. No entanto, listamos 4 tipos mais utilizados em projetos.
1 – Wireframes básicos
Reproduz um desenho de forma mais simplista e resumida, com formas geométricas bem básicas e/ou marcações de blocos.
Geralmente, são estáticos, feitos em preto e branco e não têm muitas informações, por isso são considerados de baixa fidelidade. Podem ser criados em formato digital ou até mesmo em papel.
2 – Wireframes anotados
São wireframes mais elaborados que detalham mais cada um dos elementos inseridos no projeto. Trazem informações adicionais para instruir os usuários.
3 – Wireframes do fluxo de usuários
Esses wireframes são criados em série para demonstrar um passo a passo (fluxo). Servem para orientar a navegação interna e a lógica sequencial por trás de um website ou aplicativo, por exemplo.
4 – Wireframes interativos de alta definição
São as versões mais evoluídas dos projetos que contam com interatividade. Podem permitir a mudança de páginas com cliques ou através do toque e ainda a navegação entre wireframes.
Podem exigir o uso de softwares auxiliares para a criação e apoio de um designer gráfico.
Devido a complexidade em seu desenvolvimento, é comum que sejam aplicados somente após a aprovação das fases anteriores, porque tendem a ter o formato final.
Como criar um wireframe?
É difícil? Por onde começar a construir um wireframe?
Bem, primeiramente saiba que não é difícil. Com um pouco de dedicação, em pouco tempo você já terá suas interfaces criadas e poderá testá-las. Veja o que você precisa seguir parar criar um wireframe.
1 – Defina o objetivo do seu wireframe
O que você quer ou espera com esse esquema? O que precisa validar? Com quem?
Ter isso claro desde o início ajudará também em outras decisões como a escolha do formato e o que disponibilizar. Dependendo do objetivo e do público-alvo você pode ter diferentes esquemas, porque as respostas para as perguntas que precisa, podem variar.
A experiência de um pai na compra ou download de um aplicativo para seu filho pode ser uma. Para as crianças, que são as usuárias, pode ser outra. Viu só como você pode ter diferentes públicos para uma mesma solução?
2 – Escolha o formato
Seu rascunho pode nascer em uma folha de papel, em um quadro em branco ou em ferramentas disponíveis na internet que são gratuitas.
Milhares de pessoas preferem montar seu projeto digitalmente pela facilidade das alterações. Entretanto, você pode escolher o formato que estiver mais habituado.
Você pode criar seu template, a partir de modelos do acervo do wireframe do Figma. Navegue pela biblioteca da comunidade e selecione o arquivo. Veja abaixo como é a interface do Figma.
3 – Comece com a visão geral
Antes de entrar nos microelementos de design, inicie com o layout principal. Se for um site, pense na home, nos menus (cabeçalho) e rodapé. Insira também os blocos que vão aparecer na lateral. Assim, quem acessar seu wireframe já pode visualizar essa parte inicial.
Para aplicativos, o racional não muda. Apresente a tela inicial ou de abertura. Se o app tem como pré-requisito a identificação do usuário, insira o botão de login ou de acessar a conta.
Você pode complementar a sequência das páginas ou telas, conforme necessidade.
4 – Explique as noções da navegação
Se não conseguir detalhar visualmente, explique, por anotações, como funcionaria a navegação. Isso vale para menus, botões, vídeos, sliders, carrinho de compras e outros elementos.
Seu fluxo navegacional precisa obrigatoriamente ser entendido pelos usuários. Do contrário, seu site pode sofrer com o baixo volume de visitantes ou você pode ainda perder muitas vendas.
5 – Compartilhe seu esquema visual
Salve seu projeto digital e compartilhe com os seus usuários. Para os wireframes em papel, você pode digitalizar ou imprimir mais cópias e, dessa forma, evita que o desenho seja amassado ou até mesmo extraviado.
Como é um desenho as pessoas deveriam entender sua solução logo de cara. Se isso não acontecer, pode ser que seu esboço não tenha ficado claro o suficiente. Se os usuários têm dúvidas, aproveite para anotá-las e para gravar a forma como interagem com o seu wireframe.
Esses insights podem ajudar a melhorar o produto ou serviço.
Qual é a importância do wireframe para o Design UX?
O Design UX tem como uma das premissas mais importantes a entrega de valor. Isto é, disponibilizar subsídios para que os usuários consigam concluir suas tarefas (job to be done), a partir de uma boa experiência.
Cada abordagem do UX deve ter o usuário como o centro das ações. Tudo deve ser pensado com esse foco: a linguagem, o conteúdo, a disposição dos elementos, etc.
Portanto, o wireframe é uma ferramenta essencial para UX e UI e para a elaboração de novos produtos e serviços. É útil para validar ideias e a formatação das telas, seja você um designer ou desenvolvedor, ou não.
Aproveite para rascunhar seus projetos digitais, busque wireframe exemplos para se inspirar e aprenda a ouvir seus usuários. Dessa maneira, você vai se surpreender!