Quer ser um programador front-end? Confira alguns conceitos e conhecimentos fundamentais para começar e saiba como se capacitar.
(Atualizado em 03 de setembro 2021)
O desenvolvimento web se divide em duas partes: back-end e front-end. A primeira está mais voltada para as linguagens de programação e códigos, enquanto a segunda se preocupa mais com a interface exibida para o usuário e este é o famoso programador front-end.
Vamos apresentar aqui alguns conceitos, conhecimentos necessários e sugestões de como se capacitar para ser um programador front-end.
Aproveite as dicas e comece logo a se especializar!
Primeiros passos para ser um programador front-end
Se você quer ingressar nesta área a primeira coisa que precisa fazer é desmistificar alguns pré-conceitos. Um deles é de que desenvolvedor front-end não mexe com design e designer não entende de lógica de programação.
O ideal é que esses profissionais procurem entender e desenvolver novos conhecimentos a fim de aprimorar suas atividades.
É natural que um desenvolvedor não tenha total domínio sobre design, mas ao menos precisa conhecer o básico sobre legibilidade e usabilidade de sites.
Assim como o web designer precisa entender como funciona o back-end de um site e compreender lógica de programação.
O profissional que está disposto a ampliar o seu campo de atuação tende a encontrar melhores oportunidades no mercado de trabalho.
O que um programador front-end precisa saber?
Quem atua com o desenvolvimento web sabe que tão importante quanto dominar uma linguagem de programação é conhecer o funcionamento de várias.
Portanto, se você pretende ser um profissional completo, prepare-se para estudar muito.
Confira abaixo um pouquinho do que você precisa saber para ser um programador front-end:
Lógica de programação
Esse é um dos requisitos básicos para quem quer ingressar no universo do desenvolvimento de sites. Para quem está começando agora sugerimos o post “Por que é tão importante aprender programação?”.
Além disso você também pode escolher um dos 6 sites para você aprender a programar e já começar os estudos.
HTML
Qualquer um que queira aprender a programar precisa conhecer HTML. Portanto, se você realmente deseja ser um programador front-end vai precisar começar pelo HTML. Essa é a linguagem usada para estruturar todo o conteúdo de um site.
O recomendado é que você aprenda os fundamentos de HTML, coloque os conhecimentos em prática criando uma página na web.
Além disso, também é importante dar atenção à semântica (que simplifica a leitura do código e o SEO) e acessibilidade.
CSS
Outra linguagem que todo programador front-end precisa conhecer é o CSS, que significa Cascading Style Sheets, para o português poderíamos traduzir como folhas de estilo em cascata.
Na prática o CSS pode ser considerado um complemento para o HTML, pois organiza melhor as linhas e adiciona novas possibilidades ao código.
Com essa linguagem você pode mudar praticamente todo o visual de um site, por isso é fundamental conhecê-la.
JavaScript (jQuery)
Quando ingressar no universo do desenvolvimento web você vai ouvir muito falar em Java e JavaScript. Mas é importante saber que elas não são a mesma coisa.
O JavaScript também pode ser considerado um complemento ao HTML e ao CSS, pois é uma linguagem responsável por algumas funções e comportamentos que tornam os sites mais dinâmicos.
De forma simplificada, podemos dizer que o HTML é a estrutura, CSS é a estilização e o JavaScript é a parte funcional do site ou aplicativo em questão.
Já o jQuery é uma biblioteca que ajuda a sintetizar o código, reduzindo suas linhas e mantendo a mesma função.
Mas não para por aí, a partir do avanço do desenvolvimento web, foram criadas diversas ferramentas como bibliotecas e frameworks que também será necessário aprender.
Biblioteca de códigos
Podemos dizer que um biblioteca é uma espécie de coleção de códigos criados para resolver um determinado tipo de problema. O framework, por sua parte, possui uma estrutura ou fluxo de trabalho a ser seguido e tem algumas funcionalidades prontas.
Vamos conhecer alguns deles um deles?
HTML5 BoilerPlate
O HTML5 BoilerPlate é uma biblioteca popular para o HTML e é utilizada por grandes empresas. Esta é uma biblioteca opensource e contem arquivos que ajudam da base de projetos web, pelo que seu objetivo é ajudar na construção de um aplicativo ou site web.
Ele fornece um projeto baseado em aprimoramento progressivo, e conta com arquivos CSS para a correção de alguns bugs comuns e arquivos para melhorar na segurança e desempenho do projeto em questão.
SASS , SCSS e LESS
Estão são pré-processadores que fornecem uma grande variedade de recursos adicionais ao CSS e tornam a escrita do código muito mais eficiente.
A separação de arquivos criando múltiplas camadas é uma das principais funcionalidades destes pré processadores.
Frameworks
Tailwind CSS
Este é o framework que mais cresceu em 2020. Ele funciona como um lego já que você pode montar o que quiser com as infinitas classes (conhecidas como Utility-Frist) que ele possui.
Ele conta com muitas funcionalidades, ente elas a facilidade de criar seus próprios componentes e utilizá-los no eu app e também carrega o conceito de mobile first, onde a criação da interface para mobile vem antes de tudo. Ele também conta com uma grande paleta de cores, fontes e muitos padrões que podem ajudar na sua interface.
Mas também temos outros frameworks disponíveis no mercado, e o Bootstrap é um deles, vamos conferir!
Bootstrap
Trata-se de um framework voltado para o desenvolvimento web. Ele é composto por uma série de códigos que se relacionam entre si para disponibilizar funcionalidades específicas.
O Bootstrap é utilizado principalmente por programadores front-end, visto que oferece recursos que simplificam e agilizam a criação de sites.
Mesmo algumas das tecnologias mais novas, responsáveis por uma revolução no desenvolvimento front-end, se integram com ele, como:
- Angular
- React
- Vue.js
O seu uso não é obrigatório. Porém, sem ele, iniciar um projeto do zero envolve pensar em diversos dispositivos, todas as resoluções possíveis, animações e formulários. Foi justamente por simplificar esses processos que o Bootstrap se tornou tão popular.
A sua ideia é facilitar a vida do desenvolvedor front-end e resolver problemas comuns do cotidiano, sem contar que ele é simples de aprender e customizar.
Além disso, possui componentes e plugins prontos para serem usados nos projetos. Ganhando, assim, tempo e produtividade.
Quando surgiu o Bootstrap e como ele evoluiu até os dias de hoje?
Quando o framework foi criado, não tinha a pretensão de ser o que é. Na verdade, ele surgiu como um projeto interno do Twitter, visando padronizar o desenvolvimento dentro da própria empresa.
Inclusive, seu nome original era Twitter Blueprint. No meio do projeto, porém, percebeu-se que a solução poderia ajudar muito mais gente – além da equipe do Twitter.
Logo, em 19 de agosto de 2011, o já rebatizado Bootstrap foi liberado na sua primeira versão, já open source. De lá para cá, muita coisa evoluiu.
No Bootstrap 2, lançado em 31 de janeiro de 2012, por exemplo, a grande mudança foi a implementação de Grid Layout de 12 colunas.
Este é um componente essencial para design responsivo, pois se adapta a diferentes tipos de tamanhos de tela e pode ser ajustado conforme a necessidades do layout.
Em agosto de 2013, foi a versão 3 que surgiu com duas novidades:
- Mobile First: Esse conceito afirma que todo site, sistema ou projeto web deve ser projetado e executado inicialmente pensando em dispositivos móveis. Só depois que deve ser adaptado para desktop;
- Flat Design: É um movimento do design do tipo “menos é mais”. Ele elimina elementos visuais e detalhes em excesso e cria um ambiente minimalista, dando espaço para simplicidade, funcionalidade e clareza.
Já a 4ª e última versão trouxe, entre as atualizações, a migração para o SASS e o suporte ao Flexbox.
Quais as vantagens do Bootstrap?
Esse framework oferece diversas vantagens para programadores e designers. A mais conhecida é o fato de facilitar a criação de layouts responsivos. Isso significa que todos os programas poderão ser utilizados em qualquer dispositivo – sem perder conteúdo ou qualidade visual.
O aumento da produtividade é outro destaque. Como não é preciso criar layouts do zero, acelera o desenvolvimento dos projetos web. Suas funcionalidades também são um grande atrativo.
O Bootstrap possui diversos componentes gratuitos e editáveis que simplificam o processo de criação, como:
- Formulários;
- Tabelas;
- Botões;
- Tipografia;
- Menu dropdown.
Além disso, o framework conta com diversos plugins integrados, descomplicando de vez a criação do front-end.
Vale a pena usar o Bootstrap?
Apesar das diversas vantagens do Bootstrap, ainda existem designers que são resistentes a ele. O argumento para tal dúvida é o medo de que, por se tratar de uma ferramenta com funcionalidades prontas, o processo de criação ficaria limitado.
Mas não é bem assim que acontece. Na verdade, o desenvolvimento front-end envolve uma série de códigos que esse especialista pode não estar acostumado a utilizar – por se tratar de algo relacionado a linguagens de programação, cujo foco é do back-end.
Logo, o Bootstrap surge como uma alternativa para que designers e desenvolvedores falem a mesma língua e consigam entregar um material de qualidade.
O framework permite criar diversos tipos de layout com padrões de tamanho específicos. Desta forma, não é preciso se preocupar com as quebras que podem ocorrer ao visualizar em desktop, tablet e versões mobile.
Consequentemente, o designer consegue criar novos projetos com mais agilidade. Isso permite a entrega de uma quantidade maior de soluções em menos tempo.
É importante destacar que, além do Bootstrap, existem outros frameworks disponíveis no mercado. Seus principais concorrentes são:
- Foundation;
- Materialize.
O Bootstrap é uma das principais ferramentas para gestão de projetos web disponíveis no momento. Desta forma, pode-se dizer que ele oferece o que você precisa para ser um programador front-end e entregar materiais de qualidade.
Quer saber mais sobre esse popular framework? Assista abaixo o vídeo do canal Código Fonte TV sobre Bootstrap.
Tudo o que apresentamos até aqui é só o básico para você se tornar um programador front-end. Além destes conhecimentos também é fundamental ter noções de design, isso vai simplificar a distribuição do conteúdo.
Também é importante ressaltar que o programador front-end pode assumir um papel intermediário entre o cliente o back-end. Por isso é importante usar a empatia e procurar entender ambas as partes, juntos vocês poderão encontrar alternativas para solucionar eventuais contratempos.
Continue aprendendo sobre programação front-end
Este post esclareceu suas principais dúvidas sobre como se tornar um programador front-end?
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