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Sua empresa se preocupa com a proteção de dados na internet? Agora, mais do que nunca, é importante pensar nisso. Em 2020, entrará em vigor a nova legislação que, além de mudar a relação entre empresas e dados coletados no meio digital, prevê algumas punições.

Quem deixar de cumprir as devidas regulamentações pode receber multa de até 4% sobre o faturamento da empresa. Por isso, chegou a hora de entender exatamente como funciona a proteção de dados na internet e as soluções essenciais para manter o sigilo dessas informações.

Como será a proteção de dados com a nova regulamentação?

Até 14 de agosto de 2018, o Brasil carecia de regulamentação específica para a proteção de dados na internet. Nesta data, foi homologada a Lei Geral de Proteção de Dados pessoais (LGPD), que mudou significativamente a relação de empresas com os dados coletados de forma online.

O que é a LGPD?

A legislação foi criada para regulamentar a ação de empresas na internet, mais especificamente na coleta e uso de dados dos usuários. Ela exige que as empresas adotem uma nova postura em relação a dados de clientes e buscar o consentimento do público.

Atualmente, empresas de variados segmentos coletam uma quantidade significativa de dados na internet. No entanto, essas informações não são usadas e distribuídas com o devido controle, colocando todos os envolvidos em risco.

A intenção é mudar esse cenário e estimular a adoção de tecnologias para garantir segurança no acesso e transferência de informações.

É importante enxergar a LGPD não como um risco, mas uma oportunidade para empresas desenvolverem processos e ferramentas para proteção de dados na internet.

A quem se aplica a LGPD?

Todas as empresas precisarão aplicar os regulamentos da LGPD a partir de 2020. Isso inclui negócios públicos e privados de qualquer setor, impactando fornecedores, produtos e terceirizados.

A lei determina que qualquer um, independentemente do porte da empresa, adote medidas de segurança proativas, ou seja, a empresa não espera que aconteça um problema para alterar sua política de proteção de dados e faz modificações para estar sempre à frente das ameaças e manter seus usuários e colaboradores seguros.

Assim como no texto da lei europeia, a LGPD se aplica a negócios do exterior que atuam no território brasileiro. Isso significa que Google, Amazon, Facebook e outros grandes nomes também deverão atualizar suas medidas de proteção.

O que a lei determina?

De acordo com o texto da LGPD, os usuários terão maior poder sobre seus dados na internet. Uma das novidades é a possibilidade de pedir para ver o que empresas guardam de informações e pedir para alterar ou excluí-las.

Além disso, negócios só poderão coletar dados online com a autorização do usuário. No caso de menores de idade, será necessário ter a autorização de um responsável.

É importante saber que não é o suficiente conseguir um clique em um documento de termos de uso generalizado. A pessoa precisa saber qual é o fim exato de seus dados, como uso em campanhas de marketing ou em análises de big data.

Caso o usuário encerre o relacionamento com a empresa, ela será obrigada a excluir suas informações e não usá-las em qualquer objetivo futuro.

Como ocorre o processo da LGPD

O que é General Data Protection Regulation (GDPR)?

Se você acompanhou o processo de criação e aprovação da nova lei para proteção de dados na internet no Brasil, deve ter ouvido falar da GDPR.

A General Data Protection Regulation é uma legislação da União Europeia, que inspirou boa parte da lei adotada no Brasil.

A regulamentação fez qualquer empresa atuante na Europa adotar normas mais rígidas para captação e uso de dados. Isso inclui gigantes tecnológicas, como Google, Amazon e Adobe, que são estrangeiras, mas trabalham no continente.

As normas também instruíram empresas que trabalham com dados a deixar claro em suas políticas de segurança sobre a adesão à GDPR. A lei já se tornou um modelo que inspirou regras em todo o mundo.

Como aplicar a proteção de dados da internet na empresa

O prazo para realizar mudanças que garantem a proteção de dados no seu negócio está acabando. Mas o que será preciso fazer exatamente?

Existem diversas maneiras de melhorar a segurança para usuários e empresas, como você verá nas soluções que apresentamos abaixo.

Backup de dados

O backup é importantíssimo para empresas que desejam manter um alto padrão de proteção de dados na internet. Uma das soluções mais populares, atualmente, é o uso da nuvem para armazenar e fazer backup de informações.

Uma grande vantagem desse tipo de serviço é a possibilidade de otimizar recursos a um custo acessível. No entanto, é importante escolher com cuidado o fornecedor de serviços em nuvem. A facilidade de acesso a esse tipo de provedor pode gerar sérios riscos à segurança da empresa.

Antes de escolher o provedor de serviços de backup na nuvem, é preciso ter certeza que ele também trabalha de acordo com as novas regulamentações da LGPD. Além de estar preparado para cumprir as exigências da lei, também devem existir acordos entre o fornecedor e o contratante sobre o controle de dados.

O ideal é que dados confidenciais e pessoais de usuários não permaneçam armazenados por mais tempo do que necessário. O contratante deve estabelecer períodos de retenção e, quando terminarem, realizar a exclusão. É a melhor forma de garantir a proteção de dados no backup na nuvem.

Certificados SSL

Por último, é importante utilizar certificados SSL em qualquer site empresarial. Mesmo antes da LGPD eles já faziam a diferença para usuários, especialmente quando navegadores começaram a indicar sites sem o certificado como inseguros.

O certificado é utilizado para criptografar informações transmitidas através do site, evitando o roubo ou compartilhamento indevido das mesmas. Ele pode ser contratado junto da maior parte dos serviços de hospedagem.

Para saber se um site já possui o certificado, basta observar o início da URL. Sites que possuem o SSL são identificadas com https, enquanto sites inseguros são identificados com http.

No entanto, de nada adianta ter soluções de criptografia em um site se as informações coletadas não têm um destino seguro. Por isso, o recomendado é utilizar o SSL em conjunto com um servidor dedicado e as melhores soluções de segurança.

Servidor dedicado

O servidor dedicado é um grande aliado no mundo empresarial. Seus recursos são exclusivos da empresa, incluindo memória e capacidade de processamento, o que torna uma grande vantagem utilizá-lo.

Quem contrata um servidor dedicado consegue ter controle total sobre seus recursos, além de poder customizar o serviço. Em relação à proteção de dados na internet, contratar um servidor dedicado significa que toda a segurança projetada (como firewall e scripts) são de uso exclusivo, o que diminui as chances de brechas de segurança por conta de aplicações de terceiros em ambientes compartilhados. Mas é importante avaliar a real necessidade de adquirir um servidor dedicado, isso porque os custos são elevados e, em muitos casos, uma hospedagem compartilhada já oferece os recursos necessários.

Crie processos

Além dessas tecnologias que colaboram com a segurança de forma prática, procure também criar processos, documentações e treinar uma equipe específica para tratar os dados que você recolhe dos seus usuários.

Faça um mapeamento dos processos em relação ao tratamento das informações: como será a coleta, como e onde armazenar, quem pode alterar os dados, quem são os parceiros que manipulam as informações, plano de resposta a incidentes e etc.

Lembre-se que fazer alterações para melhorar a proteção de dados na internet é necessário não somente para cumprir uma lei. Segurança faz toda a diferença para seu cliente e pode influenciar inclusive na decisão de compra. Quem deseja ter credibilidade e confiança total do consumidor não deve abrir mão de soluções como essas.

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  • Segurança
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Eduarda Delavy

✏ Apaixonada por tudo o que envolve leitura, escrita e cultura nerd, atua como Analista de Conteúdo na função de editora do Blog e Social Media da HostGator.

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