O Angular é um framework criado pelo Google e é uma evolução do AngularJS. Confira mais detalhes sobre a plataforma no blog da HostGator.
Angular é uma daquelas interfaces cujo sucesso é óbvio, muito apreciada pelos desenvolvedores, que muitas vezes a associam a um “gerador” dinâmico de páginas HTML. Mas o Angular apresenta problemas de compreensão, mesmo que apenas entre suas duas versões, que evoluíram em paralelo.
A verdadeira questão hoje é saber qual tecnologia deve ser usada para construir sites capazes de suportar um tráfego muito grande e conectável a aplicativos de servidor pesado.
Neste artigo, portanto, vamos fazer um balanço do Angular, pesando as vantagens comparativas em relação ao AngularJS, além de listar algumas vantagens que o tornam tão interessante.
O que é o Angular?
Então, vamos começar do início: o que é o Angular, afinal? De forma simplificada, ele é um Framework. Um frame é uma estrutura de trabalho. Basicamente, é uma ferramenta que permite aos desenvolvedores trabalhar com mais eficiência e de forma mais organizada.
Você certamente notou que muitas vezes precisa fazer as mesmas coisas em seus aplicativos: validar formulários, gerenciar a navegação, lançar erros…
Frequentemente, os desenvolvedores recuperam funções que desenvolveram para um projeto e depois as reutilizam em outros. Neste caso, podemos dizer que você desenvolveu uma espécie de mini-estrutura de trabalho!
A vantagem de um Framework profissional é permitir que vários desenvolvedores trabalhem no mesmo projeto, sem se perder na organização do código-fonte.
Na verdade, quando você desenvolve funções, você é o único que as conhece, e se um dia você tiver que trabalhar com outro desenvolvedor, ele primeiro terá que se familiarizar com todas elas.
Por outro lado, um desenvolvedor que ingressa em um projeto que utiliza um Framework já conhece as convenções e as ferramentas à sua disposição para poder trabalhar.
Como o Angular funciona?
Na verdade, o Angular permite que você desenvolva certos tipos de aplicativos de forma robusta e eficiente.
Entenda, a seguir, a diferença entre um aplicativo web e um site, porque essa distinção é muito importante para entender no que você está começando.
Site ou aplicativo?
A tendência atual no desenvolvimento web é querer separar completamente:
- A parte cliente do site: ou seja, os arquivos HTML, CSS e JavaScript, que são interpretados pelo navegador;
- A parte do servidor do site: os arquivos PHP, se você estiver desenvolvendo seu site em PHP; os arquivos Java, se você estiver usando Java etc. que são interpretados no lado do servidor. É nesta parte que se fazem pedidos aos bancos de dados, por exemplo.
Um “site”, no sentido tradicional do termo, é, portanto, um aplicativo de servidor que envia páginas HTML ao navegador do cliente cada vez que este as solicita. Quando o usuário navega em seu site e muda de página, você deve fazer uma solicitação ao servidor.
Ao preencher e enviar um formulário, o usuário precisa fazer uma solicitação ao servidor… enfim, trata-se de um processo muito longo, caro e poderia ser feito mais rapidamente em JavaScript.
Por outro lado, um “aplicativo da web” é uma página HTML simples que contém JavaScript suficiente para ser executada por conta própria depois que o servidor a envia ao cliente.
Cada vez que o usuário solicita uma página, o servidor se encarrega de devolvê-la. No caso de uma aplicação web, o JavaScript assume a gestão da navegação, mostrando ou ocultando os elementos HTML necessários para dar ao internauta a impressão de que está navegando em um site tradicional!
A vantagem de desenvolver dessa maneira é que ele é incrivelmente mais ágil. Imagine, você substitui o atraso de uma solicitação ao servidor pelo processamento de JavaScript!
Angular VS AngularJS
Tudo começou em 2009, quando Hevery e Abrons desenvolveram sua primeira versão do AngularJS, que originalmente se destinava apenas a manipular arquivos JSON. Rapidamente, a API deu uma guinada mais geral e no final de 2010 o AngularJS foi transferido para os diretórios do GitHub, com um status decididamente Open Source.
O projeto foi assumido, entretanto, em grande parte pelo Google. Na verdade, a primeira versão “real” do AngularJS foi a 1.0, lançada em junho de 2012. A mudança para o novo ocorreu em 2014, para entrega em 2016, de uma versão bem diferente que agora é conhecida pela palavra simplificada Angular, que engloba mudanças significativas e uma reescrita total do produto.
Então, o AngularJS era muito popular e usado para desenvolver aplicativos de clientes complexos. Da mesma forma, assim ocorreu com o Angular. Existem, portanto, dois Angulares, o primeiro em conformidade com suas origens JavaScript e o segundo, baseado no Microsoft TypeScript, muito mais eficiente e totalmente reescrito.
Esse último usamos hoje para sites com muito tráfego, por exemplo. Assim, ele tornou possível realizar grandes aplicações e testá-las com eficácia. Foi desenvolvido nas instalações do Google em 2009.
Abaixo, confira um resumo de seis pontos das mudanças importantes entre o Angular e o AngularJS:
- Os controladores: A arquitetura MVC tradicional é substituída por uma arquitetura reativa baseada em componentes web. A arquitetura MVC é uma arquitetura clássica que encontramos em muitos frameworks;
- Diretivas: a definição existente do objeto da Diretiva é removida e substituída por três novos tipos de diretivas: componentes, diretivas de atributos e diretivas estruturais;
- Escopo: os escopos e a herança do escopo foram simplificados;
- Módulos: os módulos AngularJS são substituídos por módulos ES6 nativos;
- jQLite: esta versão mais leve do jQuery foi usada no AngularJS. Ela está sendo aposentada na Angular, principalmente por questões de performance;
- Ligação de dados bidirecional: pelas mesmas razões de desempenho, essa funcionalidade não está disponível na base. No entanto, ainda é possível implementar este mecanismo com o Angular.
Por que Angular?
A equipe do Google que trabalha no AngularJS anunciou oficialmente o Angular em uma conferência no mês de outubro de 2014 (dedicada especificamente ao Angular).
À época, eles anunciaram que esta nova versão não seria mais uma atualização, mas sim uma reescrita de todo o Framework, o que causaria mudanças significativas.
Além disso, foi anunciado que o AngularJS não seria mais mantido a partir de 2018. As motivações para desenvolver um novo Framework, sabendo que esta versão não seria compatível com versões anteriores, foram as seguintes:
- Os padrões Web evoluíram, em particular a aparência dos componentes que foram desenvolvidos após o lançamento do AngularJS e que fornecem soluções nativamente melhores do que aquelas existentes;
- JavaScript ES6 – a maioria dos padrões ES6 foi finalizada e o novo padrão foi adotado em meados de 2015. O ES6 fornece recursos que podem substituir as implementações AngularJS existentes e melhorar seu desempenho;
- Desempenho – o AngularJS pode ser melhorado com novas abordagens e recursos do ES6. Vários módulos do kernel Angular também foram removidos, incluindo jqlite (uma versão leve do JQuery para Angular) que resulta em melhor desempenho. Esses novos desempenhos tornam o Angular uma ferramenta perfeitamente adequada para o desenvolvimento de aplicativos web mobile.
Quais as vantagens do Angular?
O primeiro passo a ser entendido é que o AngularJS e o Angular são dois produtos diferentes, cada um com suas vantagens e desvantagens.
O Angular tem a vantagem de ser baseado no TypeScript da Microsoft, que é um sistema de transpilação JavaScript – isto é, a melhor maneira de escrever código JavaScript organizado e seguro.
O TypeScript permite ao programador explorar funções anônimas, genéricas, todas em uma tipagem estática.
Além disso, o Angular tem a grande vantagem da modularidade. Muitas funcionalidades são deportadas para módulos, com uma hierarquia nos componentes, o que, afinal, é mais simples do que a organização baseada em controladores AngularJS.
Outra vantagem sobre o JS é a escolha do mecanismo de atualização de dados vinculados, entre o modelo e a visualização MVC, do tipo “vinculação unilateral” e não “vinculação bidirecional”.
A falsa oposição Angular VS PHP
Embora seja um erro querer opor o Angular ao PHP, o assunto frequentemente surge em fóruns, entre desenvolvedores, que se perguntam qual solução escolher.
Na verdade, eles não jogam na mesma quadra! O Angular deve ser colocado em cima do PHP, além disso, o PHP realiza o processamento central, mas cede ao Angular na estação de trabalho para gerar as páginas dinamicamente.
O PHP é uma linguagem “back end” e o Angular um produto “front end”, o que claramente distingue os dois.
Perspectivas
Embora as duas versões do Angular possam coexistir, sabemos, desde o início de 2018, que a equipe responsável por mantê-las decidiu que a versão 1.7 do AngularJS seria a última.
Também ficou esclarecido que as versões do AngularJS 1.7 serão beneficiadas por um LTS (Long Term Support), mas que não ultrapassará 30 de junho de 2021.
Se você estiver usando AngularJS, é importante considerar a migração, que não necessariamente precisa ser orientada para Angular. O React pode ser considerado ou soluções ainda mais simples, como Vue e alguns outros.
Essa escolha deve levar em consideração vários aspectos, como o volume de clientes a serem processados simultaneamente, a complexidade das aplicações e a transição para um padrão tipo MVC, por exemplo.
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