NFT tem se tornado um assunto de várias discussões nos últimos meses. Saiba um pouco mais sobre a tecnologia e como ela funciona aqui!
Não há dúvidas de que, no cenário tecnológico, a palavra NFT tem sido bastante falada nos últimos tempos. Sigla para “non-fungible token” (ou token não fungível, em uma tradução mais literal), sua ideia pode confundir algumas pessoas, por isso vamos explicar aqui algumas coisas sobre o assunto.
O que é NFT?
Ok, sabemos que a tradução acima ou mesmo o que significa a sigla não ajudam muito em um primeiro momento. Porém, uma forma mais fácil de compreender a sua ideia é: pense em algo digital que não possui um valor monetário, mas por algum motivo passa a ter uma cifra associada a ele.
Vamos usar um exemplo real para ilustrar: nos últimos tempos, tem se tornado comum ver alguns memes sendo vendidos na internet. A parte curiosa dessa história é que os memes, via de regra, são livres para uso, e a compra desse item digital faz com que você seja proprietário dele.
Pense em algo digital que não possui um valor monetário, mas por algum motivo passa a ter uma cifra associada a ele: isso é um NFT
Porém, não podemos incluir apenas memes nessa lista, pois basicamente qualquer coisa que exista de maneira digital (como uma arte) pode ser comercializado dessa maneira. Evidentemente, criptomoedas, ações na bolsa de valores e similares não são inclusos nessa lista.
Como criá-lo?
Caso você seja proprietário de um bem digital, existe um processo que pode ser feito para a criação do NFT.
Para começar, você precisa de uma carteira digital compatível com tokens ERC-721 da rede Ethereum, uma das mais utilizadas nessas transações. Na sequência, é preciso depositar uma quantia dessa criptomoeda em sua carteira para pagamento de taxas (que podem variar de US$ 70 e US$ 200).
Também é necessário autorizar a conexão da carteira com algum mercado de intermediação (como o OpenSea). Uma vez realizado esse procedimento, é preciso iniciar o processo de criação dos artigos como NFTs para vendê-los de maneira individual ou como uma coleção.
Por fim, basta validar o processo dentro da plataforma para que o seu NFT seja criado e esteja pronto para a comercialização.
Como vender um NFT?
Aqueles que se arriscarem na criação de um NFT certamente vão querer saber como vendê-lo, correto? Para isso, será necessário recorrer a algum mercado de intermediação, como o já citado OpenSea ou outras opções existentes (entre elas temos SuperRare e Rarible, por exemplo).
Outro ponto importante para a venda é criar um contrato digital programável (ou smart contract no original). Ele funciona como um documento convencional do gênero, e nele é preciso constar informações referentes a regras e obrigações das partes envolvidas na negociação do NFT.
Dessa parte em diante, é preciso fazer com que o público fique interessado no artigo. Vale de tudo: divulgar o bem em redes sociais, criar um bom link desses registros digitais na internet e muita paciência. Afinal, vender algo do gênero pode levar tempo, tal como um produto em um site grande ou qualquer outra forma utilizada para negociação de maneira virtual.
Como ganhar dinheiro com bens virtuais?
Não há dúvidas de que os NFTs podem ser uma boa forma de conseguir aumentar a sua renda. Veja, a seguir, alguns itens que foram vendidos nos últimos anos e os seus valores:
- Um item da série NFT EtherRock, com um desenho de pedras, foi negociado por US$ 1,3 milhão;
- A fotografia Always Coca Cola, de Kate Woodman, foi vendida como NFT por mais de US$ 20 mil;
- Desenhos de baleias pixeladas feitas por um menino de 12 anos foram vendidos em menos de 9 horas por aproximadamente US$ 400 mil;
- O meme Bad Luck Brian foi negociado pelo equivalente a US$ 36 mil;
- Outro meme que rendeu lucros foi o Disaster Girl (aquele que mostra uma casa pegando fogo e uma menina “sorrindo” na frente). O valor da venda foi de US$ 500 mil;
- Mais dois exemplos envolvendo memes para finalizar a lista. O vídeo Charlie Bit My Finger rendeu um NFT que foi negociado por quase US$ 761 mil;
- Por fim, Nyan Cat, que mostra um gato voando com um arco-íris atrás, foi adquirido por US$ 590 mil.
NFT no mundo dos jogos
Além de artes digitais, vale mencionar que outro universo que está flertando cada vez mais com os NFTs é o do mundo dos jogos.
Atualmente temos a oportunidade de encontrar vários games para dispositivos móveis que recorrem a esse sistema para negociações e premiações. Entre os mais populares temos Gods Unchained (game de carta), Axie Infinity (que envolve um sistema de coleção de bichinhos bem parecido com Pokémon) e Spinterland (outro card game), apenas para citar alguns exemplos.
Porém, nos últimos tempos empresas mais conhecidas também estão apostando nesse cenário. A Konami, criadora da clássica série Castlevania, realizou um leilão recentemente para vender vários NFTs referentes à franquia. Porém, ela não é a única.
A Square Enix, famosa pela franquia Final Fantasy, também já sinalizou interesse na tecnologia, e há até casos em que a comunidade enxergou a inclusão dos NFTs em games para consoles como algo ruim. Esse foi o caso de S.T.A.L.K.E.R. 2: em menos de uma semana, a produtora mencionou a inclusão deste mecanismo no game, a comunidade reclamou e ele foi removido da versão final do título.
Conclusão
O mundo dos NFTs já existe há algum tempo, mas é provável que ainda ouçamos falar muito sobre ele nos próximos anos. Seja por conta de mais mídias digitais sendo vendidas por valores altos ou pela sua adoção em mais segmentos de indústrias variadas, é fato que teremos ainda mais para discutir sobre eles.
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