Entenda todas as funcionalidades e curiosidades sobre esse sistema operacional e saiba quais as vantagens que o Linux traz para você.
O Linux é um sistema operacional categorizado como open source. Falando assim parece até difícil entender o que ele significa e como ele funciona, mas você com certeza sabe o que é um sistema operacional e já está familiarizado com algum dentre os mais famosos, como Windows e Mac OS, por exemplo.
Dessa maneira, podemos definir um sistema operacional como um software que tem por finalidade gerenciar diretamente os recursos e o hardware de um sistema, como memória, armazenamento e CPU.
Assim, o Linux e outros sistemas são responsáveis por interpor a comunicação entre as aplicações e o hardware, articulando os programas aos recursos físicos que realizam tarefas.
Apesar de ser um ótimo sistema operacional, o Linux não é tão conhecido quanto outros. Pensando nisso, reunimos aqui as principais informações sobre esse sistema para que você possa se familiarizar com ele e conheça todos os seus pontos positivos e negativos. Confira a seguir o material que preparamos e descubra com detalhes o que é Linux. Boa leitura!
O que é Linux?
De forma simples, Linux é um sistema operacional, assim como tantos outros, que permite a execução de programas em computadores e outros dispositivos eletrônicos. Esse programa pode ser livremente modificado e distribuído.
Para entender melhor esse sistema em específico, é preciso ter em mente que Linux é apenas o nome do núcleo do sistema operacional, que se chama Kernel.
Por sua vez, o Kernel é um conjunto de instruções que controla como um processador, memória, disco e dispositivos periféricos serão usados.
Basicamente, Kernel é o software que está presente em todo sistema operacional e é responsável por determinar a maneira correta de funcionamento de um computador ou outro dispositivo eletrônico.
O Kernel, sozinho, não possui nenhuma utilidade prática, ou seja, é preciso que haja diversos programas adicionais para que seu uso possa ser efetivado. Dentre eles, podemos citar interpretadores de comandos, compiladores, editores de texto e tantos outros.
Quando o Linux surgiu?
Desde o ano de 1984, Richard Stallman criou um projeto chamado GNU para desenvolver um sistema operacional livre baseado no Unix.
Assim, o projeto criou uma licença de software chamada de GPL, a qual permitia modificação livre do código de um programa, desde que fosse distribuído posteriormente da mesma forma e que também fossem mantidos os créditos dos desenvolvedores.
Ao longo dos cinco anos seguintes, esse projeto já havia gerado grande parte dos programas essenciais para um sistema operacional. Entretanto, só o que faltava era um Kernel livre.
Assim, o Kernel Linux teve sua primeira versão oficial lançada em 1991, por Linus Torvalds. Já no ano seguinte, Torvalds aderiu à licença GPL, tornando o Kernel Linux um software livre. A união entre as duas ferramentas originou o sistema operacional GNU/Linux.
Como o Linux funciona?
O sistema Linux foi desenvolvido para se assemelhar ao UNIX. Entretanto, evoluiu e hoje em dia consegue ser executado em uma ampla variedade de hardwares, que variam de smartphones até supercomputadores.
É importante destacar que todo sistema operacional baseado no Linux abrange o Kernel do Linux, responsável por gerenciar recursos de hardware e um conjunto de pacotes de software que formam o resto do sistema operacional.
Assim, o sistema já inclui certos componentes básicos comuns, tais como as ferramentas GNU, entre outros.
A partir dessas ferramentas, o usuário consegue administrar os recursos do Kernel, determinar configurações de segurança e desempenho, além de instalar outros softwares também.
Esse pacote é parte integrante de um sistema operacional funcional. Por ser um sistema operacional open source, o Linux permite que as combinações de software variem de acordo com a distribuição dessa solução.
Diversas versões
Diferente dos sistemas operacionais, como Windows e MacOS, o Linux não possui apenas uma versão. Esse sistema pode ser utilizado em diversas distribuições diferentes, ou seja, cada usuário tem acesso a um tipo de Linux que mais lhe agrada e atende às suas necessidades.
Essas distribuições foram e são criadas por usuários e empresas, que desenvolvem o Linux da melhor forma para as suas atividades.
Por isso, esse é um sistema operacional indicado para praticamente todos os indivíduos, visto que com certeza você irá encontrar uma distribuição que atenda às suas necessidades.
O que é Kernel?
De forma geral, podemos definir Kernel como o componente base do sistema operacional. Sem a sua existência, não tem Linux. O Kernel é responsável por gerenciar os recursos do sistema e se comunicar com o hardware, além de gerenciar arquivos, processos e memória.
A palavra Kernel vem do inglês, significa núcleo e transparece bem a sua atuação dentro de um sistema operacional. Fazendo uma analogia, podemos dizer que ele é o cérebro do computador. O Kernel pode ser descrito como a linha que liga o processamento de dados e os programas.
Mesmo estando presente em outros sistemas operacionais, ficou mais conhecido com o desenvolvimento do Linux.
Assim, o Kernel é o responsável por ser a ligação entre o hardware e o software de um computador, sendo seu objetivo principal gerenciar um computador e permitir que os aplicativos sejam executados e consigam usar os recursos que a máquina tem. Esperamos que a ideia tenha ficado clara agora. ?
Linux como ferramenta Open Source
Como vimos até aqui, o Linux é um sistema operacional open source e sem custos, mas você sabe realmente o que significa isso?
Pois bem, por ser oferecido sob a Licença Pública Geral (GPL) GNU, qualquer indivíduo está autorizado a executar, modificar, estudar, até mesmo redistribuir o código-fonte e vender cópias dessa versão, desde que tudo seja feito sob a mesma licença.
Dessa forma, o Linux é tido atualmente como o maior projeto de software open source da atualidade.
Programadores do mundo todo, de diferentes níveis (sejam eles amadores ou profissionais), conseguem contribuir com o kernel desse sistema. Essa contribuição vai muito além do desenvolvimento constante do Linux, mas também tem por objetivo identificar e corrigir falhas de segurança.
Distribuições do Linux
Inicialmente, é preciso entender do que se tratam as distribuições do Linux. Caso você esteja acostumado a trabalhar com Windows ou Mac OS, a forma de execução desse software é um pouco diferente.
As distribuições do Linux podem ser vistas como diversas versões que se adaptam aos mais variados estilos e objetivos dos usuários.
Todas têm em comum o Kernel Linux, ferramentas do GNU e um gerenciador de pacotes. O que é desenvolvido a partir daí depende totalmente de quem está criando e qual seu objetivo com aquela distribuição.
Para compreender melhor essa ideia e saber o que é Linux, veja a seguir algumas das distribuições do Linux mais usadas atualmente e suas principais características.
Ubuntu
Ubuntu é de longe a distribuição mais conhecida do Linux. Ainda que você não soubesse muita coisa sobre esse sistema operacional, certamente já ouviu por aí a palavra Ubuntu relacionada ao Linux.
Desenvolvida pela empresa Canonical, essa distribuição foi baseada em outra chamada Debian que veremos mais à frente.
Lançado no mercado em 2004, o Ubuntu chamou atenção à época pelos destaques do sistema e a facilidade na programação. A interface de linha de comando, por exemplo, permite que você escreva programas com uma sintaxe mínima.
Atualmente, o Ubuntu conta com três diferentes versões que servem cada uma a um propósito. Seu gerenciador oficial para a área de trabalho é o GNOME e, falando um pouco sobre a linha de aplicativos que vêm com o sistema, temos o Firefox, LibreOffice, Gimp, Audacious e Rhythmbox.
Caso você esteja pensando em dar os primeiros passos no mundo do Linux, indicamos seriamente que comece a se aventurar pelo Ubuntu. Desde a sua estética até a sua estrutura organizacional, tudo é pensado para a fácil adaptação dos usuários. Vale a pena tentar!
Fedora
Essa distribuição do Linux se destaca, principalmente, por ser simples e bem equipada com uma grande quantidade de aplicativos que já vêm previamente instalados. Essas qualidades fazem da Fedora uma distribuição extremamente amigável, que facilita a adaptação de novos usuários do sistema.
Para além da facilidade para novos usuários, a Fedora também é muito utilizada por desenvolvedores e estudantes, visto que consegue entregar uma boa experiência para todos os públicos.
Debian
Para aqueles que acompanham o Linux há muito tempo, a Debian é uma distribuição que podemos chamar de clássica. Por ser a mais antiga e popular do Linux, a Debian se destaca como um nome respeitado e pela sua ambientação rápida e agradável aos olhos.
O projeto oferece diversos pacotes de software e consegue suportar todos os dispositivos de computadores da arquitetura recente. Por isso, temos como principais ramos de desenvolvimento essa distribuição: estável, teste e instável.
Diferentes versões
A versão estável é a mais indicada para usuários desktop e servidores. Como o próprio nome diz, é estável e confiável. Por isso, muito raramente você vai precisar se dedicar a arrumar algum tipo de bug ou falha. De forma geral, essa é a versão que você instala de primeira.
Já a versão teste é contínua e fornece sempre as versões mais atuais dos programas. Normalmente costuma ser bastante instável e é comum se deparar com um bug no meio do caminho.
Por sua vez, o ramo instável também é o mais ativo. Por ser mais experimental, é o terreno perfeito para que os desenvolvedores contribuam para o crescimento e atualização do código de forma contínua.
Arch Linux
Essa é uma distribuição desenhada para usuários avançados ou especialistas em Linux. A Arch Linux permite que o usuário configure e personalize o sistema à sua maneira, ou seja, você tem total liberdade para configurar sua própria distribuição de acordo com as suas preferências.
Por isso, é comum ouvir por aí que a Arch é a distribuição ideal para quem gosta de ter controle sobre o seu sistema operacional. Além disso, o sistema de versionamento da Arch é contínuo e permite atualizar todos os pacotes pelo terminal. Demais, não é mesmo?
CentOS
O Linux CentOS é o sistema operacional sem custo que tem por propósito criar um ecossistema de código aberto confiável. Sendo baseado no RHEL, o CentOS é tido como uma alternativa ao Red Hat Enterprise Linux justamente por ser gratuito.
Slackware
Caracterizado por ser um sistema operacional avançado, o Slackware foi projetado para ser um sistema de uso fácil e também bastante estável.
Essa distribuição traz o melhor dos dois mundos: contando com a maioria dos aplicativos mais recentes, consegue manter um senso de tradição, o que confere ao usuário maior simplicidade, facilidade, flexibilidade e poder ao fazer uso desse sistema.
O Slackware fornece aos seus usuários, sejam eles novos ou experientes, um sistema muito completo, que está equipado para servir em qualquer capacidade.
Ou seja, essa pode ser a distribuição perfeita tanto para quem deseja usá-la em uma estação de trabalho pessoal quanto para um servidor em uma sala de máquinas, por exemplo.
Linux na programação
O Linux é um ótimo local para desenvolvimento de programas, sistemas e outras milhões de aplicações que são possíveis de serem criadas a partir de uma ferramenta open source como esta.
Apesar de já ser bastante conhecido mundo afora, o Linux ainda não chegou a muitos programadores, que sequer fazem ideia do poder do mesmo.
Por ser um sistema operacional open source, permite que qualquer programador consiga contribuir para o código-fonte. Além disso, qualquer um, com conhecimento necessário, pode desenvolver a sua própria versão do sistema, além de auxiliar em áreas especializadas ou estratégicas.
Outro ponto positivo nesse âmbito é que o Linux não apresenta restrições. Ou seja, você não precisa aguardar ansiosamente pela atualização de um recurso.
Fácil de utilizar
Por ser estruturado como camadas que são totalmente configuráveis, o Linux permite aos programadores modificar qualquer aspecto que não lhes agrade e customizar totalmente seu sistema. Por não exigir uma interface gráfica para interagir, o Linux libera para que seu usuário consiga utilizar apenas a linha de comando.
Além disso, as atualizações no Linux são muito fáceis. Cada distribuição do Linux possui seu próprio repositório central de software e, a partir daí, você consegue ter a garantia de que é seguro. Dessa forma, as atualizações regulares estão disponíveis e o sistema pode ser atualizado sem ter a necessidade de reiniciar tudo.
Para entender melhor como ocorrem as atualizações do Linux, veja a sessão que preparamos a seguir.
Como acontecem as atualizações do Linux?
Atualizar qualquer sistema operacional, seja ele Windows, Mac OS ou Linux, é essencial para seu bom funcionamento e melhor aproveitamento do mesmo, certo? Com certeza você quer sempre estar em dia com as versões dos programas que mais utiliza, justamente para que o desempenho deles seja o melhor possível.
Assim, à parte de outros sistemas, as atualizações do Linux são um pouco diferentes. Como já vimos até aqui, cada usuário pode realizar a sua própria atualização, sem precisar aguardar sair um pacote novo daquele programa ou distribuição, por exemplo.
Dessa maneira, as atualizações no Linux são bem mais recorrentes e permitem ao usuário maior liberdade para escolher se realmente querem atualizar, além de permitir a escolha do melhor momento e qual programa querem renovar.
Por que escolher Linux?
Como vimos até aqui, o Linux é um sistema operacional cheio de vantagens e adaptações que o permite ser utilizado nas mais diferentes situações.
Pode ser classificado como o sistema mais flexível que temos atualmente, atende a uma vasta variedade de públicos, com objetivos totalmente diferentes. Confira abaixo outras razões para sua utilização.
É uma ferramenta aberta
Por ser um software open source, o Linux permite aos usuários maior flexibilidade em relação ao mesmo. Suas atualizações são feitas constantemente e o sistema conta com inúmeras opções de configuração, além de diversos programas desenvolvidos apenas para o Linux.
Dessa maneira, toda essa flexibilidade torna o Linux a ferramenta que melhor se adapta a qualquer ambiente digital atualmente. Seja na sua empresa, na sua casa ou na sua instituição de ensino, o Linux é capaz de se adaptar e oferecer as ferramentas que você precisa para trabalhar bem.
Possui um pacote completo
Assim como qualquer outro sistema operacional, o Linux oferece o pacote completo para qualquer um conseguir realizar as mais diversas atividades necessárias de um computador. A maioria das distribuições já vem com todos os programas básicos para você fazer bom uso do sistema.
Além disso, a facilidade com a qual podemos baixar e atualizar novos programas é inegável. O sistema Linux, como vimos, é totalmente personalizável, o que te permite baixar sempre novos aplicativos e montar a interface que você deseja.
Totalmente gratuito
Certamente, um dos pontos que mais chama atenção no Linux é o fato da maioria das plataformas serem gratuitas. Isso significa que você pode escolher, dentre as inúmeras distribuições, a que mais te agrada. Tudo isso sem se preocupar com pirataria ou expiração da licença.
É atualizado constantemente
Por ser um software open source, sua atualização é constante. Isso porque usuários e programadores do mundo todo realizam melhorias e consertos de falhas de segurança para tornar o Linux e suas distribuições cada vez melhores.
Conta com muitas ferramentas na nuvem
Seguindo a tendência de outros sistemas operacionais (e do mundo como um todo), as distribuições do Linux também oferecem ferramentas na nuvem, é claro. Hoje em dia é impossível pensar em trabalhar em um computador, tablet ou smartphone sem a presença de alguma ferramenta desse tipo.
Sem ficar para trás, os usuários do Linux também têm acesso a esse tipo de programa, que permite melhor e maior armazenamento de dados, criação em qualquer lugar, sincronização entre produtos e muito mais.
O Linux é seguro?
Um aspecto muito importante e que pesa muito na escolha de qualquer sistema operacional é a segurança que ele consegue oferecer aos seus usuários e, principalmente, aos dados destes.
Por não ser tão conhecido no meio usual, muitas pessoas torcem o nariz ao ouvir falar do Linux, pois têm medo de que o sistema não ofereça um bom nível de segurança.
Infelizmente, esse é um pensamento comum, mas totalmente incompatível com a realidade. Uma das maiores vantagens que podemos citar do Linux é a segurança oferecida. Inclusive, o Linux é cotado como o sistema operacional mais seguro da atualidade.
O Linux é mais seguro por ser open source?
O fato de ser um sistema open source permite que o Linux esteja em constante revisão e aprimoramento, visto que os usuários estão dispostos a buscar e resolver falhas que possam dificultar sua experiência.
Dessa forma, fica mais fácil identificar vulnerabilidades e as corrigir, tornando esse sistema o mais transparente e confiável da atualidade.
Além do open source, outro recurso interessante é o SELinux, sigla que podemos traduzir como “Linux com segurança aprimorada”. Isso nada mais é que um aprimoramento de segurança capaz de permitir aos usuários e administradores maior controle sobre os níveis de acesso ao sistema.
Esse tipo de atuação diminui a ação de hackers dentro do sistema. O SELinux permite melhorar os requisitos de controle, conferindo ao perfil do administrador a capacidade de definir o que um processo ou usuário pode e deve fazer.
Conclusão
Como conversamos até aqui, as principais vantagens do Linux incluem a facilidade de manutenção, a gratuidade e a segurança.
Além disso, vários usuários dão preferência à forma como funciona o Linux por ele ser de código aberto, o que permite disponibilizar o código-fonte do software gratuitamente para estudos ou modificações.
Se você gostou de saber mais sobre como funciona o Linux e quer continuar aprendendo sobre tecnologia, no blog da HostGator você consegue encontrar outros artigos sobre esse e outros assuntos. Até a próxima!