Aproveite todas as novidades presentes no Google Analytics 4 para ter acessos a vários dados úteis para as suas estratégias.
Quem utiliza o Google Analytics certamente já está aproveitando as novidades presentes no Google Analytics 4. Para aqueles que utilizavam o Universal Analytics, o próprio Google recomenda a troca para essa nova versão com o intuito de se estruturar da melhor forma possível até 31 de março de 2023, quando a versão anterior do Analytics deixará de funcionar.
Para que você saiba mais sobre o que a ferramenta pode oferecer, preparamos um pequeno guia para que você veja como funciona o checklist de novas contas e algumas outras funcionalidades.
Checklist de novas contas
Quando iniciar uma nova propriedade do Google Analytics 4, é preciso ficar atento aos passos básicos que listamos a seguir. Os oito primeiros fazem menção à configuração propriamente dita, enquanto os demais estão associados a funções que eram populares no Universal.
1) Criação de conta, propriedade e permissões
Aqui não há muito segredo. Atualmente, a própria interface já configura automaticamente a opção do Google Analytics 4 e limita contas novas do Universal Analytics. O mais importante aqui é garantir as permissões de acesso, sempre validando os usuários para evitar problemas.
2) Configuração de tag usando Google Tag Manager
Caso adicione códigos de acompanhamento no próprio site, saiba que está perdendo performance e agilidade nas manutenções. Usando o Google Tag Manager é possível testar e configurar as ações do data layer com facilidade, pois ele já vem configurado com os acionadores necessários para usar o Google Analytics 4.
3) Filtro de dados internos da sua empresa
Em Configurações > Configurações de Dados > Filtro de Dados é possível excluir os registros internos das suas propriedades. Antes de ativar essa opção, entretanto, é preciso configurar os IPs que precisam ser filtrados.
O processo é bem simples. Entre nos detalhes do Data Stream, depois em “More Tagging Settings”. No link “Define Internal Traffic” é possível configurar os IPs que deverão receber a origem internal.
4) Configurações personalizadas de coleta
Nas opções de coleta de dados (Configurações > Configurações de Dados > Coleta de Dados) você pode ativar o Google Signals, ferramenta importantíssima que aproveita os dados gerados pelos aplicativos do Google e fornece recursos adicionais, como públicos-alvo e insights em vários dispositivos.
Vale mencionar que a Gigante das Buscas tem uma visão completa das interações dos usuários em vários navegadores e dispositivos. Dessa forma, você pode ver como são feitas as buscas por um produto, já que na maioria das vezes os clientes chegam ao seu site pelo celular e depois retornam para concluir as compras em um computador.
5) Conexão com o Google Search Console
A integração com o Google Search Console permite que você analise as buscas orgânicas e as interações do seu site. Dessa forma, seu time tem a opção de visualizar a posição das suas páginas nas buscas do Google, suas impressões e cliques, além de comparar com as conversões realizadas no website.
A configuração é simples e possui dois relatórios personalizados: visão geral de palavras-chave e visão geral de URLs. Nesse novo modelo, agora temos uma eficácia no relacionamento dos dados, um dos principais relatórios de tráfego orgânico que não era possível realizar sem contratar uma ferramenta externa, tendo um número quase nulo de resultados “not set” entre as plataformas.
6) Conexão com o Google Ads
A principal vantagem é a troca de informações entre as ferramentas, trazendo os detalhes das campanhas para o Google Analytics e levando para o Google Ads especificações do público. Com isso você pode criar campanhas de remarketing avançadas e utilizar as mesmas conversões do Google Analytics 4 para otimizar os lances inteligentes, o que pode aumentar as conversões e reduzir os custos em anúncios.
7) Criação e configuração de eventos
Uma das principais mudanças do Google Analytics 4 é que tudo se tornou evento com parâmetros específicos ou customizados. Como tudo depende do seu website e dos acompanhamentos necessários do seu negócio, confira aqui as opções disponíveis. Além dos eventos recomendados pela ferramenta, é possível inserir eventos customizados com certa limitação. Saiba aqui os detalhes desse novo formato.
8) Configuração de conversões
A partir de agora, tudo virou evento e qualquer evento pode ser considerado uma conversão. O que antigamente chamávamos de “Meta” ou “Goal”, agora são conversões. Aqui o destaque acontece nos relatórios, onde podemos medir a performance das páginas, palavras ou qualquer outra dimensão quebrando por uma conversão específica.
9) Substituindo as views/vistas
Você pode estar acostumado em utilizar vistas para remover o tráfego de determinado IP ou para dividir o tráfego de algum host específico. Como no Google Analytics 4 não existe mais essa separação, surgem outras alternativas para chegar no mesmo objetivo.
Para remover o tráfego interno, siga os passos do item 3 e configure os filtros na chegada. Para criar quebras específicas de host, origem ou outras dimensões, experimente criar relatórios personalizados pelo “Explorar”. Por fim, como forma mais rápida, você pode utilizar a opção “Comparação” nos relatórios, que segue a lógica dos “Segmentos” do Universal Analytics.
10) Conector do Google Data Studio
O Google Data Studio acaba ajudando na visualização de dados não só por conseguir integrar várias fontes simultaneamente, mas também por remover a amostragem dos dados que o Analytics apresenta. Em um dashboard você consegue ter 100% dos dados registrados nos gráficos, não sofrendo com vieses estatísticos.
Último dado sobre o Google Analytics 4
Um ponto fundamental durante a configuração do Google Analytics, ou qualquer ferramenta de terceiros que você configure no seu website, é estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Apesar dos dados serem anonimizados na estrutura do Analytics, você ainda precisa entender a necessidade de gerar o consentimento do uso de cookies a partir da primeira visita no seu site. Dessa forma, você tem a certeza de realizar todos os procedimentos de maneira correta.
*Texto adaptado e publicado originalmente no blog Marujo dos Dados. Assinado por João Bracht, Data Analyst da HostGator.