O C-sharp torna mais acessível o desenvolvimento de softwares para pessoas de diferentes níveis de especialização. Conheça mais sobre essa linguagem agora!
Se tem uma linguagem de programação que os desenvolvedores adoram, certamente é o C-Sharp. Desenvolvida pela Microsoft para ser utilizada juntamente com a sua plataforma “.net”, ela se destaca por ser simples, moderna, orientada à objeto e fortemente tipada.
Também reconhecido como a sigla “C#”, o C-Sharp vem ganhando os holofotes por tornar acessível o desenvolvimento de softwares a partir de qualquer dispositivo e para qualquer pessoa – independentemente do seu grau de especialidade no assunto.
Conheça mais sobre essa linguagem desenvolvida para Microsoft e quais empresas já a utilizam no dia a dia!
Qual a origem do C-Sharp?
Durante muito tempo, a Microsoft utilizou a linguagem Java, que possui, inclusive, as mesmas funcionalidades que o C#. Entretanto, havia o problema de não ser compatível com bibliotecas de código nativo. O que, para a empresa, prejudicava os trabalhos.
Para solucionar a questão, ela desenvolveu uma implementação própria do Java, o chamado J++. Porém, novamente, os problemas começaram a surgir. Isso porque ele somente era executado no ambiente Microsoft – o que violava o licenciamento feito pela SUN, empresa desenvolvedora do Java.
Após processos e multas milionárias que este empecilho gerou, a empresa teve que se reinventar. Foi aí que ela criou uma plataforma que seria a base de todas as suas soluções: o “.net”.
Com o “.net” se firmando – o que não demorou muito para ocorrer -, a Microsoft voltou os seus esforços para a criação de uma nova linguagem de programação que fosse democrática e fácil de ser utilizada.
Foi aí que surgiu o C-Sharp. Sua linguagem é baseada em outras versões do mercado que também são bastante utilizadas pelos desenvolvedores web, como C++, C, VB e o próprio Java.
Através dele, é possível criar aplicativos robustos e seguros. Além disso, possibilitar que uma mesma aplicação possa ser executada em diversos dispositivos – sejam PCs ou dispositivos móveis.
Como o C-Sharp funciona?
Assim como o Java, o C-Sharp utiliza o conceito de máquina virtual. Trata-se do CLR (Common Language Runtime), que é uma espécie de computador virtual que gerencia a execução de programas que utilizam a plataforma “.net”.
Como o CLR é um ambiente de execução de todas as linguagens da plataforma, ele executa o código em uma linguagem intermediária, conhecido como CIL (Common Intermediate Language). Desta forma, oferece mais segurança e desempenho para o processo.
Veja um exemplo para entender melhor esse funcionamento:
- Um código gerado pelo C-Sharp é transmitido por um compilador de linguagem que o transforma em uma linguagem intermediária;
- Em seguida, o CRL captura esse código e, utilizando o compilador JIT (Just in Time), o converte em código de máquina;
- Somente após isso é que o código é efetivamente executado.
Apesar de, aparentemente, transparecer ser um processo grande, burocrático e demorado, o desempenho da execução do código escrito em C-Sharp é excelente, além de seguro e eficiente.
A ideia mais utilizada para desenvolvimento em C-Sharp é o Visual Studio. Para executar uma aplicação em C-Sharp, é necessária uma máquina virtual de linguagem, além das bibliotecas do “.net”.
Mas fique tranquilo que tudo isso já vem junto com a instalação do Visual Studio. Ele inclui, por exemplo:
- Compiladores;
- Intelligence;
- Designers gráficos.
É possível utilizar o Visual Studio em versões gratuitas, que são muito úteis para quem está começando e aprendendo sobre suas funcionalidades, ou nas suas edições pagas e mais completas – ideais para profissionais e empresas.
Quais as funcionalidades oferecidas pelo C-Sharp?
Com ele, é possível criar, por exemplo:
- Aplicativos cliente-servidor;
- Serviços web XML;
- Componentes distribuídos;
- Aplicativos de banco de dados.
Alguns recursos do C-Sharp auxiliam na construção de aplicativos duráveis e robustos, como:
- Coleta de lixo: Recupera a memória ocupada por arquivos não-utilizados e inacessíveis de forma automática;
- Tratamento de exceção: Fornece uma abordagem extensiva e estruturada, a fim de detectar e recuperar erros;
- Design tipado: Impossibilita a realização da leitura de variáveis não-inicializadas e a indexação de matrizes além dos seus limites. Evita, ainda, que sejam executadas conversões de tipos não-verificadas.
Ele conta com outros recursos muito úteis para os desenvolvedores, incluindo:
- Tipo de valor anulável;
- Enumerações;
- Delegates;
- Expressões lambda;
- Acesso direto à memória.
Quais empresas estão utilizando?
Diversas empresas utilizam o C-Sharp para colocar em prática os seus projetos. Confira alguns exemplos:
- Stackoverflow;
- Dell;
- Siemens;
- Microsoft;
- Intel;
- Asus;
- Honda;
- Infraero;
- Outback.
Além de ser interessante para quem é apaixonado pelo ecossistema da Microsoft, Windows e afins, essa linguagem tem atraído cada vez mais empresas envolvidas em desenvolvimento de games.
Inclusive, ele já é a linguagem-base utilizada por uma das maiores plataformas de criação de jogos, o Unity.
O C-Sharp funciona somente com Windows?
Não! Um dos seus diferenciais é justamente o fato não ser restrito ao Windows.
É possível programar em C-Sharp utilizando o framework “.net core”. Trata-se de um código aberto que possibilita que os programas rodem normalmente em outras plataformas, incluindo Linux e Mac. Permite, ainda, que sejam utilizados outros servidores web, como o Apache.
É importante destacar que o C-Sharp vem passando por atualizações constantes para se tornar cada vez mais acessível e, com isso, facilitar o desenvolvimento de softwares.
Ao desenvolver o C-Sharp, o objetivo da Microsoft foi romper as barreiras que existiam quando utilizava a linguagem Java. Com ele, tornou o desenvolvimento de software mais dinâmico, eficiente e simples. Não é à toa que, hoje, ele está entre os preferidos dos profissionais de desenvolvimento web.
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