Rolando minha timeline em uma terça-feira qualquer, vi uma postagem que chamou minha atenção. Era sobre um workshop gratuito de programação e empreendedorismo oferecido pela Estação Hack, em parceria com a Mastertech. Eu, que sou movida a desafios, não pensei duas vezes: me inscrevi. Mas não foi só pelo desafio. Fazia tempo que “codar” estava […]
Rolando minha timeline em uma terça-feira qualquer, vi uma postagem que chamou minha atenção. Era sobre um workshop gratuito de programação e empreendedorismo oferecido pela Estação Hack, em parceria com a Mastertech.
Eu, que sou movida a desafios, não pensei duas vezes: me inscrevi. Mas não foi só pelo desafio. Fazia tempo que “codar” estava em minhas listas de metas por causa do trabalho.
Sou jornalista e escrevo sobre tecnologia há pelo menos quatro anos. Já li muito sobre o mundo do desenvolvimento; entrevistei DEVs, cobri eventos da área e acompanhei de perto a rotina desses profissionais para que pudesse entregá-los um conteúdo legal, que tivesse a ver com seu universo. Porém, diante de tanta teoria, me faltava a prática.
E quer algo melhor do que se colocar de fato no lugar dos seus leitores para entender como é seu dia a dia? Eu precisava aprender a programar e, para minha surpresa isso aconteceu em 2018, quando passei no processo seletivo do workshop.
Na sexta-feira daquela mesma semana, estava sentada junto a outros jovens para aprender uma nova linguagem: programação. E agora venho contar como foi essa experiência.
As 3 coisas que eu aprendi programando em uma tarde
Persistência e foco
Sair da lógica do texto, da escrita; para encarar a lógica da programação não foi algo fácil.
Exigiu atenção, mente aberta e, claro, persistência. Acho que o primeiro desafio ao sentar e abrir o software no notebook foi justamente me livrar de frases e pensamentos do tipo “você é de humanas, vai ser difícil”.
Mas na mesma hora em que a insegurança bateu, mudei minha forma de pensar e decidi encarar o workshop como uma aventura divertida. Eu não estava lá para provar que sei programar, estava lá para aprender – independentemente de sair um site maravilhoso logo de cara ou não. O importante era tentar.
O workshop com a Mastertech começou às 9h e foi até às 17h. Cada participante tinha seu próprio notebook e aprendeu HTML, CSS e conceitos de Javascript.
Os primeiros exercícios foram desafiadores, mas meu código estava sempre limpo – descobri que, assim como um texto bem diagramado, um código organizado e “clean” também faz a diferença.
Prestava atenção em tudo e, toda vez que o código se transformava em um elemento gráfico; em um texto colorido; em uma página responsiva; eu vibrava como se tivesse ganhado um prêmio.
Porém, se algo não dava certo… Haja paciência para ler todo o código e identificar o elemento a mais ou a menos que estava fazendo tudo bugar. Não sei como os desenvolvedores conseguem, viu?
Programar é divertido (e mágico)
Durante o evento, participei de uma dinâmica para entender como funciona o Design Thinking. Ao listarmos problemas e pensarmos soluções, tínhamos que selecionar uma ideia para criar um site em cima dela.
Meu grupo percebeu que todos os integrantes tinham um problema em comum: a falta de tempo na vida pessoal.
Damos conta das tarefas da profissão, porém, coisas simples como ir ao cinema, encontrar os amigos para beber uma cerveja, estava difícil – e o mais difícil ainda era conciliar as agendas desses amigos tão sem tempo quanto nós.
Nossa ideia era criar um site que ajudasse na melhoria da produtividade para si mesmo.
Como assim? Simples: você se preocupa com a produtividade na empresa, mas procrastina projetos pessoais, sua saúde, seu lazer, o tempo com os amigos, a família, o cachorro…
Da mesma forma que há sites e aplicativos que ajudam a melhorar a produtividade no trabalho, também é preciso algo que ajude a melhorar a nossa relação com o tempo livre e nós mesmos.
Nosso site solucionaria esse problema e, ao integrar a agenda do Google, identificaria seu tempo livre o tempo livre de seus amigos, trazendo sugestões para você aproveitar sua própria companhia e a deles – no tempo em que ambos pudessem.
Nossa ideia era complexa, não dava para fazer tudo o que tínhamos desenhado no wireframe, mas deu para levar o projeto adiante. Depois de desenharmos o esboço do site no papel, criarmos o conceito, pensarmos no nome e no layout em si, chegou a hora de programar.
Nosso site não ficou o mais bonito do mundo, mas foi para o ar e o mais legal é que nós mesmos criamos. Ainda tivemos que defender o projeto em um pitch para toda a turma. Eu que fiquei encarregada de falar sobre e defender a ideia, estava tremendo, mas deu tudo certo – o pessoal adorou a ideia.
Esse processo todo foi muito legal; meu time e eu rimos muito, trocamos ideias, pensamos em soluções muito fora da caixa, e percebemos que programar é mágico. Que é possível resolver problemas colocando em prática ideias muito loucas e funcionais usando códigos – e se divertindo muito.
Programando, eu me conheci mais
Eu percebi que toda vez que me desafio, me conheço um pouco mais. Ao contrário do que imaginava, eu sabia muito de programação e não estava fazendo feio com meus códigos. Eu conseguia fazer exatamente o que o professor falava; era uma das primeiras a terminar e eu estava muito feliz.
Mais uma vez havia desmistificado algo em mim.
Percebi que sou boa em lógica – apesar da dificuldade inicial – e que sim, se eu quiser seguir o caminho escrevendo códigos, eu posso e dará certo, porque as nossas dificuldades estão em nós mesmos.
Porém, como programadora, sou uma ótima jornalista e mesmo tendo gostado de saber como o mundo do desenvolvimento funciona e ter me sentido como uma DEV, percebi que eu gosto de escrever códigos, mas não do mesmo jeito que eu gosto de escrever histórias – como essa que estou contando aqui. 🙂
Acho que a última coisa que posso dizer para você é o seguinte: não se boicote.
Se quer aprender a programar, vá em frente – e enfrente. Pare de achar que é muito novo ou muito velho para começar algo. Aproveite que o ano só está começando e vá atrás do que gosta!
Ah, aqui no blog da HostGator você encontra vários textos falando sobre programação e o dia a dia dos desenvolvedores. Particularmente, indico dois artigos: Por que é tão importante aprender programação?e Lógica de programação: o primeiro passo para aprender a programar. Eles trazem informações bem legais e relevantes para quem está pensando em aprender códigos neste ano.
E se você, assim como eu, está a fim de aprender programação só digo uma coisa: que o código esteja com você. 😉