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Saiba como calcular o preço de venda na loja virtual. Entenda os fatores que infleunciam esse valor e confira 8 dicas para lucrar mais!

Definir o preço de vendas de produtos não é algo simples. Se você tem achado fácil fazer isso na sua empresa, talvez não tenha considerado fatores suficientes. Não dá para simplesmente pensar em um número que você acredite ser justo para o produto. Isso pode fazer com que seu negócio lucre pouco ou até mesmo não lucre.

A precificação envolve muitas coisas, mas principalmente, os custos e despesas da sua empresa. É importante incluir esses valores no preço do produto e, só assim, você pode começar a considerar o valor agregado do item e a margem de lucro desejada sobre ele. Saber isso é fundamental para entender como definir um preço de venda justo.

Neste post, vamos detalhar melhor esse assunto, passando por alguns pontos fundamentais da precificação, inclusive com dicas para lucrar mais. Acompanhe!

O que é preço de venda?

Preço de venda é o valor cobrado ao consumidor por um produto ou serviço. Nem mais, nem menos, é esse montante que sua empresa receberá por algo que comercializa. Por mais que esse conceito pareça simples e óbvio, detalhar a ideia por trás dele é fundamental. Acredite: muita gente perde dinheiro porque não entende isso!

Comercializar algo envolve muitos valores e eles podem variar do dia para a noite. Por exemplo, se você vende cosméticos, há um preço de aquisição ao qual está acostumado. Na hora de repassar ao consumidor, você precisa adicionar a margem de lucro que você deseja por cada unidade. Essa é uma relação simples, mas que nem sempre é estável.

Vamos supor que, em dado momento, os produtos que você oferece sofrem uma alteração no valor de aquisição. Naturalmente, você precisará arcar com isso, mas nem sempre vai repassar esse aumento ao consumidor. Isso vai gerar um prejuízo grande, especialmente se você já projetou seu faturamento médio.

Ainda que as variações sejam pequenas, de R$ 1 ou R$ 2, o estrago pode ser grande quando pensamos no volume de vendas. É por isso que, na hora de precificar, você precisa considerar essa oscilação dos produtos que compra. O mesmo deve ser considerado se você é um produtor, mas neste caso, o preço que pode variar é o da matéria-prima.

O custo do produto ou dos materiais são só um fator a se considerar no preço de venda do seu produto. Há outras questões importantes, como os custos e as despesas do seu negócio. Afinal, você precisa investir dinheiro mensalmente para que ele continue funcionando. Esses valores são em produção, logística, gestão, entre outras categorias.

Qual é a diferença entre custos, despesas e lucro?

Custos, despesas e lucros são três elementos fundamentais na hora de saber como calcular o preço de venda dos seus produtos. Entenda melhor sobre essas bases e saiba como elas influenciam o quanto você cobra no que vende.

Custo

Custo é todo valor que seu negócio precisa investir para oferecer um produto ao consumidor. Ou seja, se você fabrica o produto, todos os insumos e matéria-prima utilizada nele estão incluídos no seu custo. Se você só revende a partir de um fornecedor, o valor pago para comprar esses produtos é um exemplo de custo que seu negócio tem.

Esse conceito é mais extenso do que simplesmente produto e matéria-prima. Na verdade, o custo abrange também todo dinheiro gasto para que seja possível oferecer o produto final. Por isso, quando pensamos em um e-commerce, podemos listar como principais:

  • embalagens de envio;
  • custos de logística;
  • funcionários;
  • comissões de vendas.

Despesas

As despesas são valores mais gerais e, geralmente, em maior ocorrência do que os custos. Isso acontece porque elas integram tudo que se gasta para manter o negócio funcionando, ou seja, todo valor dedicado à administração de uma empresa.

Por isso, geralmente podemos definir uma lista maior, mas que também varia de uma empresa para outra. Por exemplo, se você trabalha de casa e não tem sede física, não há custos com aluguel de escritório. Na prática, considerando um e-commerce comum, as principais despesas são:

  • aluguel de espaço físico;
  • contas de energia, água e gás;
  • internet;
  • investimentos em marketing;
  • manutenção da loja virtual;
  • custos com tributação e impostos.

Lucro

O lucro é a parte mais fácil de entender: a diferença entre os custos e despesas e o faturamento. Ou seja, basta subtrair do faturamento tudo aquilo que a empresa precisou gastar para fazer o negócio funcionar e ter produtos para oferecer.

Na hora de calcular o preço de venda, é fundamental saber qual é a perspectiva de lucro total que a empresa tem. Dessa forma, há um entendimento mais apurado da margem de lucro que deve ser buscada em cada unidade do produto vendido. Por mais que se parta do geral, o cálculo só pode ser feito em cima de cada unidade de produto!

Por isso, a hora de precificar, é importante considerar despesas, custos e a margem de lucro buscada. Assim, seu negócio terá saúde financeira e trará rendimentos concretos.

Quais são os custos para manter uma loja virtual?

Manter um negócio online tem alguns custos. Alguns deles são recorrentes, enquanto outros se apresentam de maneira esporádica. Por isso, conhecê-los garante ter um entendimento mais preciso para, mais à frente, precificar da maneira certa.

Principais despesas recorrentes da loja virtual

As despesas recorrentes da loja virtual são aquelas que estarão lá todo mês, ou seja, são essenciais para que a empresa funcione. Entre as mais comuns para e-commerces de todas as categorias estão:

  • domínio e hospedagem;
  • plataformas alugadas;
  • gestão de pagamentos;
  • custos de frete;
  • investimento em marketing;
  • loja virtual open source;
  • SEO.

Mês a mês, essas despesas precisam ser somadas aos custos!

Perdas também devem ser consideradas

Não podemos esquecer das perdas, que acontecem em qualquer empresa, tanto virtual quanto física. Caso a perda não seja reparada, existe uma grande chance de ela ser um grande problema para o seu negócio. Isso acontece principalmente porque elas custam dinheiro.

Entre as principais perdas e prejuízos, podemos listar os seguintes:

  • problemas nos computadores;
  • problemas na rede elétrica;
  • acidentes de trabalho;
  • produtos vencidos;
  • produtos quebrados;
  • atrasos do fornecedor;
  • perda de fornecedor;
  • reformas e manutenções de emergência;
  • extravio da entrega;
  • reposição no estoque.

Enfim, não importa a perda, sempre haverá gastos que devem ser devidamente registrados nos seus controles. Assim, você consegue identificar a média dessas perdas no mês e incluir isso também no preço do seu produto.

Quais elementos devem ser considerados para calcular o preço de venda?

Tudo que você gasta para manter sua empresa e vender produtos, a margem de lucro que você deseja obter e detalhes relacionados ao segmento e valor agregado. Esses são os elementos básicos a serem considerados na hora de saber como calcular o preço de venda. Entenda mais sobre eles em detalhes a seguir.

Custos fixos

Salários dos colaboradores, aluguel e todos os tipos de gastos que aparecem mensalmente e que não estejam diretamente relacionados às vendas. Esses são os chamados custos fixos.

Custos variáveis

Os custos variáveis são aqueles que, como o próprio nome indica, mudam de acordo com as vendas do negócio, normalmente variando de mês para mês. Taxas de cartão de crédito, impostos, comissões e gastos com embalagens servem como exemplo.

Por serem associados ao faturamento da empresa, a recomendação é mantê-los sob um estrito controle, definindo o percentual que eles devem representar em relação às vendas.

Uma observação pertinente é que os custos também podem ser categorizados como diretos e indiretos.

Os diretos são aqueles que estão objetivamente ligados a um determinado produto, devendo ser perfeitamente mensuráveis. Já os indiretos, por sua vez, se referem aos gastos que não são identificados diretamente nos produtos e serviços. É por essa razão que eles também são chamados de despesas.

Por isso, recapitulando e resumindo de maneira simples:

  • Custos diretos – Matéria-prima, embalagem, componentes, mão de obra direta etc;
  • Custos indiretos – Manutenção de equipamentos, vigilância, materiais de escritório, mão de obra indireta, limpeza, entre outros.

Margem de lucro

Calcular o preço de venda dos produtos sem definir a margem de lucro é algo que não pode acontecer. Esse elemento nada mais é do que a porcentagem de ganho sobre a transação das mercadorias.

A questão a salientar, portanto, é que esse índice deve ser calculado de maneira individualizada. O erro que muitos cometem é justamente o contrário, ou seja, o de estabelecer uma margem de lucro geral para todos os produtos.

O preço de venda ideal é aquele que, além de cobrir todos os custos e gerar lucratividade, consegue proporcionar à empresa o melhor que se espera no que diz respeito aos seus objetivos com o item que está à venda.

Estudo do segmento, concorrentes e preços praticados

Por fim, a precificação passa também pelo estudo do mercado e o que ele apresenta. Isso garante que os preços dos seus produtos não estejam defasados em relação à concorrência, ou não sejam altos demais.

É importante também avaliar o seu segmento, ou seja, o público-alvo do seu negócio. O preço é um fator que determinará para quem você venderá. Por isso, a precificação não pode estar em desacordo com a estratégia de mercado. Isso significa que, se você quer alcançar classes mais baixas, não pode cobrar preços muito altos.

Como calcular o preço de venda de um produto?

Agora que já está claro quais são os elementos a considerar para o processo de precificação, mostraremos a seguir como fazer o cálculo. Para se chegar ao preço de venda, é preciso fazê-lo tendo como base os custos e margens de lucros adequadas ao público e ao mercado.

Para isso, 3 passos devem ser seguidos. Confira a seguir!

1. Estude os custos e some todos eles

O primeiro passo é estudar os custos e despesas associadas ao determinado produto, somando então todos eles. Não se esqueça de que, se você não conhecer os gastos de modo preciso, a chance de precificá-lo inadequadamente é considerável.

2. Traga esse conhecimento para a criação do seu markup

É nessa etapa em que o cálculo dos elementos acontece. O método mais utilizado é o markup, que consiste, basicamente, na soma do custo unitário de um item à margem de lucro desejada.

Para fins de exemplo, considere a aquisição de 100 unidades do produto X, comprado por R$ 50 cada.

Supondo que as suas despesas fixas totais no mês somam R$ 5 mil, podemos dizer que o custo de compra dessa mercadoria sofre um acréscimo de mais R$ 50:

5000/100 = 50 por unidade.

Por enquanto, esse item está custando R$ 100. No entanto, é preciso adicionar também os custos variáveis. Vamos supor, agora, um valor de R$ 2 para cada embalagem. Aqui, chegamos ao custo total de R$ 102.

Ainda falta considerar o que deverá ser pago antes de retirar o lucro. Estamos falando dos impostos e das comissões que incidem, respectivamente, em 12% e 3% sobre o valor de venda, totalizando 15%.

Digamos que a sua margem de lucro desejada é de 30%. Para chegar ao custo total de vendas (CTV), some ela aos 15%, e então o CTV será de 45%. É só depois de ter todos esses dados em mãos que você conseguirá obter o seu markup (MKD).

A fórmula é a seguinte:

MKD = (100-CTV)/100.

Logo, seu MKD seria 0,55 (55/100). O que você tem agora é o custo unitário do produto (R$ 102) mais o custo para vendê-lo (55% do seu valor final de venda).

Sendo assim, a conta para se chegar a esse valor final de venda (que você não tem ainda) é essa: 102/0,55.

O resultado de 185,45 representa o preço (R$) pelo qual ele deve ser oferecido ao mercado. Ao fazer a “prova real”, perceberá que o número representa exatamente a sua margem de lucro desejada (30%).

3. Analise o valor para o cliente

O último passo nessa análise é entender o valor para o cliente. Esse é o conceito que avalia a percepção do consumidor em relação ao produto, uma variável que não se pode quantificar. É o que chamamos de valor agregado!

Para ilustrar, pegue como exemplo os itens exclusivos, ou aqueles que conseguem se diferenciar de alguma forma pela sua qualidade. Nesses casos, o valor para o cliente tende a ser maior, portanto, é possível vendê-los com margens de lucro maiores.

Por fim, lembre-se de que errar nos cálculos e não levar em consideração as especificidades do mercado pode colocar o negócio em sérios riscos. Saber como calcular o preço de venda dos produtos não é uma tarefa difícil, mas exige atenção e muito cuidado.

Quais são as 8 principais dicas para aumentar os lucros da sua loja virtual?

Agora que você sabe como calcular o preço de venda, chegou a hora de aproveitar dicas incríveis de como lucrar mais. Separamos as 8 melhores a seguir, confira!

1. Realize o controle dos custos da sua loja virtual

Para lucrar você precisa ter controle completo de tudo que gasta. Por isso, o primeiro passo é ter uma rotina de registro de todos os custos e despesas da empresa. É necessário relatar tanto os fixos quanto os variáveis.

A partir disso, sua empresa terá uma ideia mais concreta de quanto ela custaria para funcionar. A partir disso, fica mais fácil saber quais são as margens de lucro necessárias para que seja realmente rentável manter o negócio. Essa é a relação mais segura possível para conquistar lucros.

2. Faça uma avaliação regular do mercado

Na era da internet e dos e-commerces, os mercados são ainda mais dinâmicos do que o normal. Isso pode a vária coisas, entre elas:

  • a variação do preço médio dos produtos que você vende;
  • o surgimento de novas oportunidades de produtos;
  • os preços que seus concorrentes diretos estão cobrando;
  • a variação do ticket médio da sua persona.

Entender esses fatores do mercado é importante para entender regularmente se você está lucrando tudo que pode. Pode ser que, em algum momento, seu negócio não esteja sabendo explorar todo o potencial que tem.

3. Trabalhe com bons fornecedores

Os fornecedores fazem toda diferença nos resultados da empresa. O primeiro ponto a ser avaliado é o custo das matérias-primas e dos produtos que você adquire. Por isso, entenda se os preços pagos são justos e cheque se você não consegue ter fornecedores mais baratos.

No entanto, considere uma importante questão: regularidade de fornecimento. De nada vai adiantar encontrar um fornecedor mais barato se ele não pode abastecer você com a frequência necessária. Por isso, avalie todas essas questões e, no fim das contas, considere o custo-benefício.

4. Reduza seus custos e despesas

Essa é a dica mais certeira para lucrar mais: reduzir custos e despesas. É algo bastante óbvio, mas não é tão fácil assim de fazer. Afinal, tudo que você gasta para manter a sua empresa são valores extremamente necessários.

A grande questão nessa dica é monitorar os custos. Mês a mês, observe quais deles podem estar acima do que deveriam. A partir disso, veja em quais pode projetar algumas reduções e, se possível, cortes. Se conseguir, automaticamente você lucra mais e, em alguns casos, não precisará aumentar os preços dos seus produtos.

5. Faça uma gestão de fluxo de caixa eficiente

A gestão de fluxo de caixa é a atividade de acompanhamento de tudo que entra e sai do caixa da sua empresa. Na prática, essa é uma atividade simples, mas essencial, de controle das finanças. Contudo, é possível usá-la como recurso de monitoramento de custos e despesas da sua empresa.

Quanto maior a precisão e eficiência na gestão do fluxo de caixa, maior a clareza para saber o quanto a sua empresa tem investido. Assim, fica mais fácil saber onde os cortes e reduções mais precisas podem ser feitas.

6. Mantenha o baixo custo do frete

O frete pode ser um grande impeditivo para que vendas sejam feitas. Ele, muitas vezes, é o fator que leva ao abandono do carrinho, ou seja, você perde uma oportunidade de lucrar. Por isso, se você não consegue abaixar o custo de envio no seu negócio, perderá cada vez mais vendas.

Para manter o baixo custo do frete você precisa, primeiramente, estudar a possibilidade de oferecê-lo gratuitamente. Para isso, pode ser necessário repassar o custo dele no preço do produto. Se você não deseja fazer isso, busque empresas de logística que estejam dispostas a fechar parcerias a longo prazo, o que barateia o custo do frete.

7. Invista em uma plataforma que te ajude a vender

Se você está na internet para vender, precisa ter uma plataforma que ajude a expor seu produto da melhor maneira possível. Não basta ter um site bonito e atraente, ele precisa funcionar de maneira dinâmica e oferecer uma experiência de navegação completa.

Atualmente, você encontra fornecedores que ajudam a criar a loja virtual perfeita para seu público. Assim, é possível vender mais e, consequentemente, aumentar suas margens de lucro.

8. Contrate uma consultoria para e-commerce

Especialistas podem ajudar seu negócio a bombar! Por isso, se você sente que precisa de ajuda profissional para fazer seu negócio dar certo, uma consultoria para e-commerce é a opção ideal.

Essas empresas são compostas por pessoas que conhecem o mercado de lojas virtuais e há anos ajudam outros empreendedores a triunfarem. Na consultoria, você será direcionado em bases essenciais, como estratégia de vendas, SEO, estrutura de loja, entre uma série de outras questões.

Saber como calcular o preço de venda não é a parte mais difícil de vender online. Contudo, você precisa estar de olho em todos os fatores importantes que impactam os custos da empresa, uma vez que eles também influenciarão os lucros.

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Douglas Vieira

Formado em Jornalismo e com MBA em Marketing. Profissionalmente já passou por grandes portais durante a carreira, entre eles UOL e TecMundo. Atualmente, tem voltado sua expertise para o campo de SEO e marketing de conteúdo.

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