Saiba como utilizar o comando chmod no Linux e todas as vantagens desse comando para o seu dia a dia.
Quando falamos em permissões para arquivos de sistema Linux, um dos comandos mais importantes que você deve conhecer é o chmod. Esse comando, apesar de normalmente não usado com tanta frequência por quem trabalha com Linux, é fundamental quando falamos das permissões para usuários neste sistema.
Saiba mais a seguir sobre o que é o comando chmod, como utilizá-lo e os cuidados que você precisa tomar ao usar esse comando.
Para o que serve o comando chmod?
O comando chmod é usado para lidar com permissões de arquivos do sistema Linux. Em sistemas como o Linux, cada arquivo possui um sistema de sinalizadores que indicam quais são as permissões que cada usuário tem para ler ou editar cada arquivo.
Essas permissões são chamadas de modos de arquivo, e o nome do comando chmod significa change mode, ou alterar modo. Dessa forma, com o chmode, o dono do arquivo (ou seja, o usuário que o criou), pode mudar as permissões dos demais usuários para aquele arquivo.
As permissões existem pois são uma forma de dar mais segurança aos arquivos Linux.
Sem elas, os arquivos ficariam vulneráveis a alterações e ataques mal intencionados, o que poderia resultar em grandes perdas e problemas ao sistema.
Entendendo as permissões de arquivo chmod e chown
As permissões chmod e chown muitas vezes podem confundir os usuários. No entanto, a diferença entre as duas é:
- chown define quem é o proprietário do arquivo;
- chmode define quem tem permissão de fazer outras coisas dentro do arquivo (ler, editar, etc).
O proprietário do arquivo pode fazer o que quiser dentro dele, inclusive usar a permissão chmod para alterar as permissões de outros usuários. O sistema Linux define os usuários em três grupos de permissões:
- User: proprietário do arquivo;
- Group: grupo de usuários que têm acesso permitido naquele arquivo;]
- Other: outros usuários que não têm acesso.
Alterando as permissões de pasta Linux
As permissões de arquivo Linux são conhecidas pelas letras “r”, “w” e “x”. Elas significam read (leitura), write (escrita) e execution (execução). O comando ls (ls-1) serve para verificar quais são as permissões de cada usuário dentro de um arquivo.
Se um arquivo for um arquivo regular, o primeiro símbolo da permissão é “-”. Se for um diretório, será a letra “d”. As letras rwx podem ser usadas de diferentes formas para indicar diferentes permissões como em:
- rwx: significa que o usuário tem permissão para leitura, edição e execução);
- r-x: somente os usuários do grupo do arquivo podem ler ou executar;
- r: qualquer usuário pode ler o arquivo, mas não pode editá-lo e nem executá-lo.
Alterando os proprietários de arquivos com chmod
Para alterar quem é o proprietário do arquivo é preciso usar o comando chown, que explicamos lá no início.
A sintaxe básica para esse comando é: chown [owner/group owner] [file name].
Uma opção que funciona tanto com chmod quanto chown é -R, ou recursivo. Com esse comando você pode alterar tanto as permissões quanto os proprietários em uma determinada pasta, e consequentemente, de todos os arquivos naquela pasta.
Porém, é preciso ter muito cuidado com essa opção, pois pode causar falhas e alterar as permissões de todas as suas pastas de Linux de todo o seu sistema, se for usada incorretamente.
Cuidados ao utilizar o comando chmod 777
Alterar as permissões de arquivo Linux com o chmod é algo que também pode ser feito usando o modo octal.
No comando chmod 777, os diferentes níveis de permissão são divididos de 0 a 7, sendo:
- 0 = nenhuma permissão;
- 1 = apenas executar;
- 2 = apenas gravar;
- 3 = gravar e executar;
- 4 = apenas ler;
- 5 = ler e executar;
- 6 = ler e gravar; e
- 7 = ler, gravar e executar.
Logo, o chmod 777 representa o mais alto nível de permissão, em que o usuário é dono do arquivo e pode executar todas as ações acima. Porém, essa sequência pode ser muito perigosa se usada incorretamente, por exemplo em um diretório root (/).
O chmod 777 pode até parecer uma solução rápida para resolver problemas de permissão, mas se usado incorretamente pode deixar todo o sistema vulnerável e correndo perigo de ameaças externas ou alterações incorretas.
Portanto, é preciso saber usar o chmod 777 de forma cautelosa e apenas quando realmente necessário, tomando cuidado para não aplicá-lo a nenhum diretório geral do seu sistema.
Opções adicionais com os comandos chmod e chown
Existem opções adicionais como -R, que mencionamos acima para a sintaxe do comando chmod. Algumas delas são, por exemplo:
- –ajuda: Exibe ajuda e sai.
- -c, –alterar: informa apenas quando uma alteração é feita;
- -f, – silencioso, –quieto: suprime a maior parte das mensagens de erro;
- –versão: exibe informações de versão;
- -v, –verbose: elabora um diagnóstico para cada arquivo processado.
Já para o chown, algumas opções adicionais de sintaxe são:
- -v: reporta o proprietário dos arquivos e as mudanças de proprietário;
- -c: reporta somente a mudança de proprietário;
- -R: altera o proprietário de todos os arquivos e diretórios recursivamente dentro da mesma hierarquia.
Conclusão
Agora que você já aprendeu a usar os comandos chmod e chown, lembre-se de sempre tomar cuidado para usá-los corretamente e não prejudicar a sua programação em Linux.
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