A blockchain está profundamente interligada com as criptomoedas, como o famoso Bitcoin. Mas qual a sua relação? Clique e saiba tudo sobre essa tecnologia!
As criptomoedas se tornaram assunto recorrente nos últimos anos. Afinal, quem aqui não ouviu falar do Bitcoin? Porém, elas só ganharam vida e se tornaram tão famosas graças a uma tecnologia revolucionária: o blockchain.
Traduzida de forma literal como “cadeia de blocos”, é uma espécie de livro contábil, em que todas as transações são registradas e espalhadas por computadores do mundo todo.
Ficou confuso? Respira fundo que vamos explicar melhor sobre o conceito de blockchain e dar exemplos práticos do seu uso!
O que é blockchain?
Blockchain é uma tecnologia de redes de distribuição de informações que possui algumas especificações. São elas:
- Armazena os dados de forma descentralizada e distribuída, sem que exista um único administrador;
- Os dados incluídos nessa cadeia não podem ser editados, ou seja, apenas são feitas novas inclusões;
- Cada novo registro realizado traz informações dos registros anteriores. Criando, assim, uma interligação, como se fossem os elos que formam uma corrente.
O conceito em si foi criado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, que até hoje não se sabe se é uma pessoa ou um grupo de pessoas.
Ele está intimamente ligado a vários aspectos da tecnologia, como:
- Arquitetura da computação;
- Distribuição de dados;
- Segurança da informação.
Apesar da sua estreia ter ocorrido para dar vida à famosa criptomoeda Bitcoin, é possível criar blockchain para qualquer tipo de ativo que se queira transacionar.
Inclusive, seu poder de gerar uma cadeia de confiança através de uma arquitetura distribuída vem atraindo especialistas de diversas empresas gigantes, como IBM e SAP.
Como são realizadas as transações na blockchain?
Todas as transações são reunidas em blocos. Esses blocos são ligados ao anterior através de um elo, que é o código “hash”. Juntos, formam o que chamamos de “corrente de blocos” – o que justifica o nome dado à tecnologia.
A blockchain não conta com um administrador central, mas sim mineradores, que nada mais são do que pessoas que disponibilizam seu poder computacional.
São eles que reúnem as transações incluídas na rede e criam as ligações entre os blocos.
Um dos grandes cases mundiais de uso dessa tecnologia é a Maersk, uma empresa de container que transporta mercadorias ao redor do mundo.
Ela passou a fazer o controle dos seus containers através de uma rede internacional de blockchains para facilitar o acesso e a inclusão de novas informações. Não somente pensando nela, mas nas demais entidades envolvidas, como a de fiscalização e controle de box.
No Brasil, existe a Agrichain, que é voltada para as empresas de grãos. Através dela, há a total integração entre agricultores, varejistas, distribuidores e fabricantes. Isso agiliza os processos e, ao mesmo tempo, garante o compartilhamento igualitário dos dados.
O setor financeiro também tem demonstrado interesse em aderir à blockchain. Seu sistema descentralizado é visto com bons olhos para:
- Registrar títulos;
- Armazenar contratos;
- Rastrear transações;
- Manter a privacidade de dados dos clientes.
Bancos como HSBC, Santander e Bank of America estão com projetos para implantar o sistema. No Brasil, algumas instituições se uniram para avaliar a possibilidade de, inclusive, integrar alguns serviços financeiros.
Qual a ligação entre Bitcoin e blockchain?
O Bitcoin somente existe graças à blockchain. No caso, é a tecnologia que criou o cenário propício para que iniciasse o formato de transação através da criptomoeda.
O Bitcoin não é uma moeda física, mas sim virtual. Logo, era preciso garantir sua distribuição adequada, ou seja, que chegaria até a pessoa certa e que ela seria utilizada uma única vez – assim como ocorre com a moeda tradicional.
A própria lógica de um Bitcoin exemplifica muito bem a ideia de uma blockchain. Afinal, trata-se de uma moeda independente e distribuída virtualmente por todo o mundo.
Tudo sem que exista um órgão centralizador, como um Banco Central, por exemplo. Cabendo aos mineradores o papel de validação das transações.
Um dos maiores atrativos do Bitcoin, além da facilidade de acesso, é o fato de ter o mesmo peso para todos. Ou seja, 1 Bitcoin no Brasil equivale a 1 Bitcoin em qualquer lugar. Isso cria um cenário mercadológico igualitário e amplo – o que tem tudo a ver com o conceito de globalização.
Quais os tipos de blockchain existentes?
Existem 2 modalidades de blockchain. São elas:
- Pública: Qualquer pessoa ou empresa pode participar. O Bitcoin utiliza esse formato, permitindo o acesso em nível global;
- Privada: Também conhecida como permissionada, é um formato mais restrito, em que somente quem tem autorização pode entrar. É mais utilizada nas empresas, que almejam controlar suas transações e compartilhar seus dados somente com quem tem envolvimento com o negócio.
Um exemplo de tecnologias de blockchain pública é a Ethereum. Já a Hyperledger é utilizada por blockchain permissionadas, enquanto o Ripple é mais voltado para transações financeiras.
É importante destacar que a tecnologia utilizada no blockchain avançou muito desde a sua criação. Isso porque foi necessário melhorar sua funcionalidade para suportar o maior número de transações por segundo – um problema que ocorria seguidamente com o Bitcoin.
A blockchain é uma tecnologia segura?
O interesse das grandes empresas, incluindo àquelas vinculadas ao mundo financeiro, não é à toa. Um dos diferenciais da blockchain é justamente a segurança.
No caso do Bitcoin, as transações realizadas no sistema só são validadas quando todo o bloco é preenchido pelas operações. Ou seja, somente após isso que a moeda digital passará de uma “mão” para outra.
Além disso, esses blocos são selados por códigos criptográficos, que formam correntes de registros praticamente impossíveis de serem violados. Isso garante que, por exemplo:
- Cada moeda irá chegar ao destino certo;
- A moeda não será utilizada mais de uma vez;
- As transações anteriores não serão alteradas, a fim de não comprometer a cadeia toda.
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